quinta-feira, 16 de abril de 2009


O LUGO É PAPAI

Fernando Lugo não pecou contra Deus ao manter relações sexuais com uma mulher tendo essa gerado um filho. Tanto Lugo como a mulher vieram ao mundo para isso, para procriarem. Não fosse essa a lógica determinante, Deus não teria garantido a concepção através do prazer que o sexo nos proporciona. O sexo é divino, sublime, excelso e, por mais que se tente entende-lo através de poetas e dos lirismos que nos são alcançáveis, podemos apenas senti-lo e sentindo-o em seu esplendor, aponta-lo como prova irrefutável da existência de Deus. É justamente no prazer do orgasmo que provamos a nós mesmos que Deus está em nós. Portanto, Lugo, um homem, um ser como outro qualquer em termos de existência, não pecou contra Deus, todavia, pecou, sim, contra o que ele decidiu-se por aceitar e jurar fidelidade, ou seja, o dogma que impõe aos sacerdotes o celibato. É algo primitivo, incoerente e inconcebível, moldado por um bispo (também um homem) africano do século quatro que, juntando suas “alterações espirituais” às pregações de Sírico, papa também do século quatro, construiu a tolice do celibato sacerdotal, continência que resistiu aos séculos passados e concílios, mantendo-se até hoje. Assim, o celibato na igreja católica nada tem a ver com Deus e, sim, com homens, tanto que Agostinho (foi esse “o cara”) teve amante e com ela um filho – Adeodato – que os eruditos dizem significar “de Deus”. Então, veja o leitor a ironia: Agostinho, com suas neuroses sexuais, tido como o grande padre da igreja, teve filho, teve amantes e, inspirado nele, um dogma persiste até hoje contra a ação divina do sexo aos sacerdotes e, ainda Agostinho, condenava a contracepção com o máximo dos rigores e, seu principal alvo de ataques –e com fúria - era o método natural, justamente o único método que hoje a igreja aceita. É ou não é incoerência? Tacitamente e Lugo, esclarecido teologicamente – embora politicamente seja um retrógrado – entendeu que contra Deus não estava pecando, porém, esqueceu de levar em conta que contra a sua igreja assacava uma grave agressão, ao mesmo tempo em que demolia uma das maiores virtudes que um religioso deve inspirar: A Confiança. Com Deus, Lugo não terá que acertar contas, mas com os católicos, sim, e que contas ! Talvez impagáveis. Tanto que é de se perguntar: Com quantas mais Lugo prevaricou ? E em suas incursões pela luxúria seduziu também mulheres casadas que sequer – devido a essa condição – podem hoje denunciá-lo? E para a realização de suas intenções e atos libidinosos usou como ferramenta a condição de bispo? E será que nunca “flertou com a pedofilia”? A propósito: Lugo é um comunista declarado. Que outros fiascos escondem essas “intemperanças” da esquerda?

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