quarta-feira, 26 de dezembro de 2007


FELIZ E VENTUROSO ANO NOVO!!!
FELIZ E VENTUROSO ANO NOVO!!!
FELIZ E VENTUROSO ANO NOVO!!!
FELIZ E VENTUROSO ANO NOVO!!!
FELIZ E VENTUROSO ANO NOVO!!!
FELIZ E VENTUROSO ANO NOVO!!!
FELIZ E VENTUROSO ANO NOVO!!!
MENSAGEM DO DIA 27/12/2007

A Vingança

Você considera a vingança como um ato de coragem ou de covardia? Algumas pessoas acreditam que a vingança é uma demonstração de grande coragem. Afinal de contas não se pode tolerar uma afronta sem se rebaixar. Pensam que a tolerância e a indulgência seriam prova de fraqueza ou de covardia. Todavia, temos de convir que o ato de vingar-se jamais constitui prova de coragem. Geralmente, quando buscamos revidar uma ofensa o fazemos movidos pelo medo do agressor ou da opinião pública. Não importa que a nossa consciência nos acuse de covardia ou indignidade, o que nos interessa é que a sociedade não nos julgue assim. O mesmo não ocorre com relação ao ato de perdoar. O perdão, sim, exige do ofendido muita coragem e dignidade. Enquanto a vingança é uma ladeira fácil de descer, o perdão é uma ladeira difícil de subir. Algumas pessoas costumam enfrentar corajosamente os mais graves perigos, mas sentem-se impotentes para tolerar uma pequena ofensa. Escalam, com ousadia, altas montanhas, saltam de pára-quedas desafiando as alturas, enfrentam animais ferozes, aceitam os desafios do trânsito, navegam em mar revolto com bravura, mas não conseguem suportar um mínimo golpe da injustiça. Dão grande prova de coragem em alguns pontos, mas não relevam a investida da ingratidão, da calúnia, do cinismo, da falsidade, da infidelidade. Realmente fortes são aqueles que conseguem conter-se diante de uma agressão.
A verdadeira fortaleza está nas almas que não se descontrolam quando são ofendidas. Que não se impacientam quando são incomodadas. Que não se perturbam, quando são incompreendidas. Que não se queixam, quando são prejudicadas. Verdadeira coragem é aquela de que o Cristo nos deu o exemplo. Ele sofreu a ingratidão daqueles a quem havia ajudado, enfrentou o cinismo dos agressores, foi ultrajado, caluniado, cuspiram-Lhe no rosto e O crucificaram, e Ele tomou uma única atitude: a do perdão. Por várias vezes, em sua passagem pela terra, o Homem de Nazaré teve motivos de sobra para revidar ofensas, mas sempre optou pela dignidade de calar-se. Diante das agressões recebidas, o Meigo Rabi da Galiléia passava lições grandiosas, como aconteceu com soldado que O esbofeteou quando estava de mãos amarradas. Sem perder a serenidade habitual, o Cristo olhou-o nos olhos e lhe perguntou: “se eu errei, aponta meu erro, mas se não errei, por que me bates?” Essa é a atitude de uma alma verdadeiramente grande. Se Jesus tivesse parado em meio à caminhada do Gólgota, largado a cruz injusta do suplício, para se voltar contra seus agressores e exercer sobre eles o direito de vingança, certamente não teria passado à posteridade como modelo de perfeição e de amor.
MENSAGEM DO DIA 26/12/2007

Quando eu Ficar Velho...

No quarto do hospital, onde a esposa estava internada sob tratamento intensivo, com vários equipamentos ligados ao seu corpo, monitorando cada sinal vital, o esposo a observava, com ar de tristeza. A filha se esmerava em cuidados e carinho junto ao leito da mãe. De repente, o marido aproximou-se da filha e lhe disse, com convicção: “quando eu ficar velho, desejo estar numa cidade onde não tenha hospitais, pois não quero ficar dessa maneira, sob um leito, totalmente dependente.” Um desejo natural, com certeza, que muitos de nós alimentamos. O que vale a pena ressaltar, é que o esposo tem 92 anos de idade... E não se acha velho... Porque velho ele realmente não é, apesar de ser idoso. Ele é um nobre e dedicado advogado que mantém o mesmo entusiasmo e motivação da sua mocidade. Com sua jovialidade, de espírito lúcido, não se deixou levar pela idade... Não permitiu que a soma dos anos lhe pesassem sobre os ombros, sempre eretos e dispostos às responsabilidades que a vida lhe apresenta. Ele já viveu 92 primaveras no corpo físico, mas não é um velho. Já teve muitas desilusões, como todo mundo, mas não permitiu que isso o tornasse amargo. Ele assistiu duas guerras mundiais, mas não deixou que seus sonhos fossem soterrados sob os escombros da violência. Aceitou as dificuldades da caminhada como desafios, e nunca como obstáculos a impedir seus passos na estrada da evolução. Usou sempre a moderação como guia seguro nas horas de decisão. Jamais se deixou levar pelos apelos da inferioridade que arrastam muitos homens pelas veredas da desonra. Um homem íntegro, bom esposo, bom pai, bom irmão e amigo, um cidadão correto. É um espírito valente, respeitador dos valores morais; é um grande homem. Por todas essas razões ele não é um velho... Para ser velho não precisa ser idoso, basta fechar-se na concha escura do egoísmo, dos preconceitos, da vilania, do orgulho. Existem pessoas de pouca idade que estão com a alma enrugada pela corrupção, pela prepotência, pela soberba, pela violência interna, pela deslealdade, pela depressão. São jovens na idade mas esclerosados nos sentidos. Não estão dispostos a renovar atitudes, a aprender novas lições, a libertar-se dos preconceitos e dos vícios aos quais se acorrentam cada vez mais. Têm corpo jovem e mente envelhecida, cristalizada em idéias das quais não abrem mão. Dessa forma, podemos entender que juventude e velhice são estados d’alma, independentes da idade cronológica. Jovem é todo aquele que tem disposição de viver, de crescer, de rever atitudes e aprender sempre. Jovem é quem tem esperança, quem aposta na vida, quem enfrenta desafios com um sorriso nos lábios e fé no futuro.
................
Rubem Alves, o ilustre educador que já sentiu perfume de flores em mais de setenta primaveras, em seu livro intitulado: Mansamente pastam as ovelhas, escreveu o seguinte: “Balançar é o melhor remédio para a depressão. Quem balança vira criança de novo. Razão por que eu acho um crime que nas praças públicas só haja balanços para crianças pequenas." "Há de haver balanços grandes para os grandes!" "Já imaginaram o pai e a mãe, o avô e a avó, balançando?" "Riram?" "Absurdo?" "Entendo." "Vocês estão velhos." "Têm medo do ridículo. Seu sonho fundamental está enterrado debaixo do cimento." "Eu já sou avô e me rejuvenesço balançando até tocar a ponta do pé na folha do caquizeiro, onde meu balanço está amarrado!” Pense nisso, e liberte o jovem que existe em você!

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

MENSAGEM DO DIA 18/12/2007

A Sabedoria do Ministro

Existia, em uma terra distante, um rei e seu primeiro ministro. O rei era justo e bondoso. O primeiro ministro era um homem bom e sábio, e sempre dizia que a felicidade reinava porque existia um Deus bom e justo, que sempre fazia o que era melhor para todos. O rei seguia os passos de sabedoria do seu primeiro ministro que sempre dizia: "tudo que Deus faz é bom..." Essas eram sempre as palavras que faziam com que o rei fosse sensato e bondoso para com os seus súditos. O rei tinha dois passatempos diários. Um deles era trabalhar com madeira, fazendo talhas e esculturas e o outro era cavalgar pela floresta todas as manhãs, em companhia de seu primeiro ministro. Enquanto cavalgavam, os dois conversavam sobre os mistérios da vida. O rei sempre procurava explicações para suas aflições e nessas saídas diárias, em companhia de seu sábio primeiro ministro, ele encontrava conforto para seu coração, muitas vezes cheio de dúvidas e preocupações. Um dia, o rei estava trabalhando em sua oficina, serrando madeira, quando, inesperadamente, a serra decepou seu dedo indicador. Desesperado e aflito, mandou chamar seu primeiro ministro. Tinha esperança de que ele pudesse explicar o motivo pelo qual Deus havia permitido que o acidente acontecesse com ele, uma pessoa boa, justa e honesta. Porém, para surpresa do rei, o primeiro ministro, em vez de confortá-lo com palavras de alento e consolo, limitou-se a repetir o que sempre dizia "tudo que Deus faz é bom". Ao ouvir tamanha afronta, o rei, irado e desconsolado, mandou que os guardas o levassem para a prisão. Depois do acidente, a vida do rei ficou diferente. Não tinha ninguém para conversar e confidenciar pensamentos mas continuava com seus passatempos diários, trabalhando a madeira e cavalgando todas as manhãs, só que agora ia sozinho. Um belo dia, enquanto cavalgava por um recanto mais distante da floresta, foi aprisionado por índios selvagens. Levado para a tribo, amarrado e assustado, a única coisa que o rei poderia fazer era rezar e pedir a Deus que lhe desse proteção e paz. Chegando à tribo, o rei foi surpreendido por uma grande festa. Tambores e chocalhos soavam, índios pintados dançavam em volta de um altar, onde um sacerdote permanecia sentado em completo transe...tudo estava preparado para a grandiosa festa de sacrifício aos Deuses dos índios. A um pequeno movimento do sacerdote, alguns índios aproximaram-se do rei, desamarraram suas mãos e começaram a pintá-lo com cores fortes e berrantes. O sacerdote então aproximou-se e começou a dizer palavras que o rei não compreendia. Enquanto dançava ao redor do altar, o sacerdote observou que o rei não possuía um dos dedos da mão. Irado e frustado, ordenou que o rei fosse libertado, pois um ser incompleto não poderia ser oferecido em sacrifício para os deuses. Após ser libertado, o rei voltou ao castelo. Enquanto caminhava pela floresta, pensava sobre o que havia acontecido: "realmente tudo que Deus faz é bom". Se não tivesse perdido um dedo, teria perdido a vida. Uma questão, porém, ainda perturbava o rei. O que explicaria a permanência do seu fiel primeiro ministro na prisão, durante todo aquele tempo? Seria este Deus justo apenas para o rei e não para seus súditos? Chegando ao castelo, o rei ordenou que o primeiro ministro fosse solto e trazido a sua presença. Afinal, era impossível para ele entender o motivo pelo qual Deus havia sido tão injusto com um homem tão bondoso. Ao vê-lo, o rei contou o que havia acontecido pela manhã e falou: "agora compreendo que perdi um dedo mas em compensação não perdi a minha vida. No entanto, não entendo porque Deus não foi benevolente com você. Como isso pode ter sido bom para você?" O sábio e paciente amigo então lhe respondeu: "vossa alteza se esqueceu que tínhamos o costume de cavalgar juntos todas as manhãs? O que teria acontecido comigo se eu estivesse em sua companhia na floresta hoje? Afinal, eu tenho todos os meus dedos..." Deus faz coisas que, em determinados momentos, não podemos compreender e as julgamos erradas, mas no futuro entenderemos que foram em nosso próprio benefício. E por fim concluiu: "tudo que Deus faz é bom..."

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

MENSAGEM DO DIA 17/12/2007

Cuidados Com a Divulgação

O pai de família chegou em casa após o dia de trabalho e encontrou a mesa do jantar já posta à sua espera. Quando todos os familiares tomaram seus lugares para compartilhar daquele momento que deveria ser de tranqüilidade, o pai começou a contar sobre um incêndio criminoso ocorrido na cidade. Referiu-se à esperteza do malfeitor que o provocou. Explicou, nos mínimos detalhes, todos os passos do criminoso para atingir seu objetivo. Descreveu cenas emocionantes. Contava tudo gesticulando como se estivesse fazendo a reconstituição da cena. Enumerou todos os materiais que o rapaz usara para desencadear o incêndio. Depois que acabou sua refeição, ausentou-se, em companhia da esposa, para suas atividades costumeiras no templo religioso. Entretanto, não havia passado uma hora quando foi chamado às pressas para que voltasse ao lar. De retorno, pôde perceber, ao longe, que sua casa estava em chamas. As labaredas consumiam com voracidade o lar que até bem pouco tempo abrigava a família tranqüila. Imediatamente o pai de família começou a praguejar contra tudo e contra todos, tentando achar o responsável pela desgraça. Pensava, consigo mesmo, que isso só poderia ser obra de um louco. Em poucos minutos vários pensamentos passaram por sua mente em busca de algo que justificasse aquele ataque misterioso. Não tinha inimigos declarados. Não se lembrava de ter dívidas com ninguém. Por fim, admitiu que o incêndio só poderia ser fruto de um acidente. Sim, teria que ser um mero acidente. Preocupado com os filhos, buscou-os imediatamente em meio à fumaça e os encontrou protegidos em baixo de uma das árvores do quintal. Notou, todavia, que o seu garoto de oito anos se escondia por trás dos demais, temendo reprimendas. Aproximou-se, para ficar sabendo que fora o próprio filho a atear fogo na casa, copiando todos os pormenores da descrição do incêndio criminoso feita pelo pai. ....................... Nunca nos esqueçamos da cautela que devemos ter em nossos comentários sobre acontecimentos menos felizes. Quem nutre conversação inconveniente, pode estar colaborando com a divulgação do mal dentro do próprio lar. Devemos considerar que o mal não merece comentários em momento algum, a menos que seja para ser corrigido.

.......................
Quando você quiser que uma notícia ou idéia seja esquecida, não a comente. Foi combatendo as doutrinas e idéias consideradas maléficas que a humanidade as popularizou e tornou conhecidas. Assim, a melhor maneira de se combater o mal é dar-lhe total esquecimento.

Pense nisso e tenha um Bom Dia!



COLUNA ISTO POSTO - PAULO MARTINS - GAZETA DO PARANA


MEDICE – APLAUSOS - I

Uma preciosidade descoberta por Jairo Gualberto e distribuída aos amigos. Uma crônica de Nelson Rodrigues, dos tempos do presidente Médice, em torno de sua popularidade, ele que jamais foi vaiado em lugar nenhum, ao contrário, foi aplaudido de pé no Maracanã, mesmo local onde Lula recebeu uma das maiores vaias da história daquele estádio. Como o artigo é longo, a coluna terá que publicá-lo em dois capítulos. O primeiro hoje e, o restante amanhã. (Aqui no e-mail está completo)

De NELSON RODRIGUES,

Primeira parte:


"Não há nome intranscendente e repito: qualquer nome insinua um vaticínio. Todo o destino de Napoleão Bonaparte está no seu cartão de visitas. Ao passo que um J. B. Martins da Fonseca não tem nenhum destino especial e vou mais longe: não tem destino. Quando batizaram William Shakespeare, o padre poderia perguntar-lhe: "Como vão tuas Obras completas?". No simples "William Shakespeare" estava implícita a música verbal do seu teatro. Mas um certo nome exige uma certa cara. Napoleão Bonaparte pedia um perfil napoleônico. Um Gengis Khan precisa de fotogenia. Ou então um John Kennedy. O que era o presidente assassinado senão o queixo forte, plástico, histórico? Ele venceu Stevenson e depois Nixon porque tinha as mandíbulas crispadas do Poder. Por isso, o tiro arrancou-lhe o queixo. Outro: Churchill, com a sua maravilhosa cara de buldogue. Em todos os citados, cara e nome, justapostos, explicam uma nítida pré-destinação. Fiz essa pequena introdução para chegar ao nosso presidente. Quando começou o jogo de candidaturas, disse eu: "Ganha esse, pelo nome e pela cara". Não é impunemente que um homem se chama Emílio Garrastazu Médici. Tiremos o Emílio e fica Garrastazu. Tiremos o Garrastazu e ficará o Médici. Bem sei que essa meditação sobre o nome pode parecer arbitrária e até delirante. Não importa, nada importa. Depois vi a sua fotografia. Repeti, na redação, para todo o mundo ouvir: "É esse o presidente". Ora, numa redação há sempre uns três ou quatro sarcásticos. Um deles perguntou: "Só pelo nome?". Respondi: "Pelo nome e pela cara". Como já disse, a história e a lenda também exigem uma certa fotogenia. E senti que Emílio Garrastazu Médici tinha um perfil de moeda, de cédula, de selo. Organizem uma retrospectiva presidencial e verão que os nossos presidentes são baixos. Getúlio era baixíssimo, embora tivesse um perfil histórico e, digamos, cesariano. Epitácio foi fisicamente pequeno. Era a pose que o fazia mais presidencial. Garrastazu Médici é o nosso primeiro presidente alto. Dirão vocês que eu estou valorizando o irrelevante, o secundário, o fantasista. Desculpem o meu possível equívoco. E se me perguntarem porque estou dizendo tudo isso, eu me justificarei explicando: conheci, domingo, o presidente Emílio Garrastazu Médici. E o pretexto para o nosso encontro foi um jogo de futebol. Outra singularidade do chefe da nação: gosta de futebol e sabe viver, como o mais obscuro, o mais anônimo torcedor, todas as peripécias dos clássicos e das peladas. Isso é raro, ou melhor dizendo, isso é inédito na história dos presidentes brasileiros. Imaginem um Delfim Moreira, ou um Rodrigues Alves, ou um Wenceslau Brás entrando no estádio Mario Filho. Qualquer um desses perguntaria: "Em que time joga o Fla-Flu?", "Quem é a bola?" ou "O córner já chegou?". O nosso presidente sabe tudo de futebol. Eu diria que hoje nenhum brasileiro será estadista se lhe faltar a sensibilidade para o futebol. Mas dizia eu que foi um jogo - São Paulo X Porto - que nos aproximou. Na sexta-feira passada, o Palácio das Laranjeiras começou por me procurar. Se eu fosse terrorista, não seria tão perseguido. Finalmente, falo pelo telefone com o Palácio. O secretário de Imprensa queria me transmitir um convite. Onde e a que horas poderia falar comigo? Marcamos o encontro. Simplesmente, o presidente Médici me convidava para assistir, a seu lado, na inauguração do Morumbi, o jogo internacional. Eu iria, com S. Exa., no avião presidencial. O presidente fazia o maior empenho em que o acompanhasse. Confesso, sem nenhuma vergonha, que o convite me fascinou. O que têm sido as nossas relações com os presidentes da República? Nada. Sim, há entre nós e o presidente uma distância infinita, espectral. E o Supremo Magistrado, como se diz, é um ser misterioso, inescrutável, sinistro. No meu caso, o presidente se dispunha a acabar com a distância e me receber na áspera solidão presidencial. De mais a mais, o Brasil vive o seu grande momento. Eis o nosso dilema: o Brasil ou o caos.
(Amanhã, nesta coluna, a parte final)


MEDICE – APLAUSO- II

Esta é a segunda parte – a primeira foi publicada aqui ontem – de artigo de Nelson Rodrigues, uma preciosidade encontrada por um amigo e enviada à coluna. Eis, pois, a parte final:

O diabo é que temos a vocação e a nostalgia do caos. É o momento de fazer o Brasil ou perdê-lo. Esse Garastazu Médici é, neste instante, uma das figuras vitais do país. Eu ia vê-lo, ia ouvi-lo. Sim, ouvir os ruídos da sua alma profunda. Todo o mundo tem, no bolso do colete, o seu projeto de Brasil. Garrastazu tem o seu e pode realizá-lo. Ao passo que nós não temos força para tapar um cano furado. Bem. Aceitei o convite, ressalvando: iria de tudo, menos de avião. "De automóvel?", perguntou o secretário de Imprensa. E eu: "De qualquer coisa" - e repeti - "nunca de avião". Sábado, o meu filho Nelson levou-me para São Paulo no seu Fusca. Durante a viagem, uma pequena mas intolerável inibição instalou-se em mim: "Chamarei o presidente de 'excelência' ou simplesmente de 'senhor'?". Ao mesmo, imaginava que o Poder desumaniza o homem. Seria Garrastazu uma figura áspera, hierática, enfática? Pensava, ao mesmo tempo, num episódio recente. No jogo do Grêmio, e antes de ser presidente, e antes da definição das candidaturas, o general Garrastazu Médici desce ao vestiário. Vejam se vocês conseguem imaginar um Delfim Moreira, ou um Epitácio num vestiário de futebol. Pois o general chega e pergunta: "Como é, Alcino, que você vai me perder aquele gol?". No Fusca do meu filho Nelson, eu queria crer que um homem assim é um brasileiro vivo e não uma pose, e não uma casaca, e não uma faixa, e não uma condecoração. No dia seguinte, estava eu no aeroporto. Tivemos uma primeira conversa e, durante o dia, uma outra, e uma terceira, e uma quarta. Vi a seu lado a inauguração (ou a décima inauguração do Morumbi). Ora, no momento não há nada mais importante do que saber o que pensa, o que sente, o que imagina, o que quer um presidente da República, investido de tantos poderes. No meio do jogo, ele insistia para que eu voltasse no seu jacto. Digo, por fim: "Está certo, presidente. Vou voar pela primeira vez". É preciso não esquecer o que houve nas ruas de São Paulo e dentro do Morumbi. No estádio Mário Filho, ex-Maracanã, vaia-se até minuto de silêncio e, como dizia o outro, vaia-se até mulher nua. Vi o Morumbi lotado, aplaudindo do presidente Garrastazu. Antes do jogo e depois do jogo, o aplauso das ruas. Eu queria ouvir um assobio, sentir um foco de vaia. Só palmas. E eu me perguntava: "E as vaias? Onde estão as vaias?". Estavam espantosamente mudas. Até Domingo, às seis e meia, sete da noite, eu não entrara jamais num avião pousado, num avião andando, num avião voando. Lá em cima, não há paisagem; e, se não há paisagem, estamos fazendo a antiviagem. Conversamos longamente. Houve um momento em que ele me disse: "Sou um presidente sem compromissos. Só tenho compromissos com a minha pátria". Eis um homem que fala em pátria, em "minha pátria". Para a maioria absoluta dos civis, "pátria" é uma palavra espectral, "patriota" é uma figura espectral. E as nossas esquerdas fizeram toda a sorte de manifestações. Não berravam, não tocavam na "pátria". Nas passeatas, berravam, em cadência: "Vietnã, Vietnã, Vietnã". Pichavam os nossos muros com vivas aos vietcongs, a Cuba. Nenhuma alusão à pátria, nenhuma referência ao Brasil. E, no entanto, vejam vocês: o Amazonas tem menos população do que Madureira. Aquilo é uma gigantesca sibéria florestal. E as esquerdas só pensavam no Vietnã, e só pensavam pelo Vietnã e só bebiam pelo Vietnã. Certa vez, conversei com um membro da esquerda católica. Exortei-o a desembarcar no Brasil. Disse-lhe que, na pior das hipóteses, temos paisagem. Citei o Pão de Açucar, o Corcovado. Mas ele batia na tecla obsessiva e fatal: "O Vietnã, o Vietnã, o Vietnã" etc. etc. Ainda no meu élan paisagístico, fiz a apologia da Vista Chinesa, recanto ideal para matar turista argentino. Mas havia entre mim e ele a distância que nos separa do Sudeste Asiático. Eis o que o meu amigo propõe: que os brasileiros bebessem o sangue uns dos outros como groselha. Antes de se despedir, o membro da esquerda católica concentrou sua ira nas Forças Armadas. Acusou-as de incapazes, de ineptas, de relapsas. "Os militares nunca fizeram nada", afirmou. Desta vez, perdi a minha paciência. Tratei de demonstrar-lhe que os militares fizeram tudo. No Sete de Setembro (e Pedro Américo não me deixa mentir) foram sujeitos de esporas e penacho que deram o grito do Ipiranga; e, se os militares não fizeram nada, que faz a espada de Deodoro na estátua de Deodoro? Foi a inépcia militar que fez a República, assim como fizera a independência. Em 22 e 24, era o sangue militar que jorrava como a água, a água da boca dos tritões de chafariz. Em 30, em 32, em 35, foram os militares. Assim em 89. Retirem as Forças Armadas e começará o caos, o puro, irresponsável e obtuso caos. Há anos e anos que eu não digo "pátria". E quando o presidente Garrastazu falou em "minha pátria", experimentei um sentimento intolerável de vergonha. Esse soldado é de uma natureza simples e profunda. Está disposto a tudo para que não façam do Brasil o anti-Brasil. Seja como for, deixará este nome, para sempre: Emílio Garrastazu Médici."


(Nelson Rodrigues)

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

PEÇO À VOCÊ MEU CARO (a)
INTERNAUTA E LEITOR DE NOSSO
BLOG, QUE POR FAVOR, FAÇA SEU COMENTÁRIO, DÊ
SUA OPINIÃO, EXALTE SUA CRÍTICA.
SUA PARTICIPAÇÃO É DE FUDAMENTAL
IMPORTÂNCIA.
Acesse: lucivaldosouza@bol.com.br
Mensagem do dia 11/11/2007

Agradecimento

Cada dia, nova etapa de trabalho é iniciada!Lembre-se de agradecer ao Pai o ensejo do repouso que lhe concedeu,e prepare-se para executar as tarefas, de que está encarregado,com alegria e boa vontade.Agradeça, também,o trabalho que lhe proporciona o pão de cada dia,e procure executá-lo da melhor forma de que for capaz.O trabalho bem executado traz-nos a alegria do dever cumprido.



Mensagem do dia 09/11/2007

Coração

O caráter e o destino de uma pessoa nãoé criado somente com base no serviço que ela faz, mas com base em um coração verdadeiro e honesto. Aqueles que fazem algo apenas intelectualmente ganham um nome.Aqueles que fazem algo com seus corações ganham bençãos.Pros amores impossíveis, tempo.De nada adianta cercar um coração ou economizar alma. Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance.Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar...


Faça aqui, uma REFLEXÃO:

Desejo que você, sendo jovem, não amadureça depressa demais, e que, sendo maduro, não insista em rejuvenescer, e que, sendo velho, não se entregue ao desespero. Porque cada idade tem o seu prazer e a sua dor, e é preciso deixar que aconteçam no tempo certo.




Mensagem do dia 08/11/2007

Meditação

Se a mente busca soluções, você se torna positivo. Se a mente busca razões, você se torna negativo. Ao se tornar livre do medo, da preocupação e da desesperança, você será capaz de fazer o que deve fazer. Não há nada sobre o que se preocupar, engaje-se em bons pensamentos.Assim você criará esperança dentro de si. Meditação é uma boa cura. Ela ajuda a conectar você com os pensamentos eternos de Deus. Esse é o melhor remédio para a alma.

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

MENSAGEM DO DIA 30/10/2007

Autoridade X Responsabilidade

Quanto pesa a responsabilidade de um cargo? Observa-se que muitos perseguem nomeações para cargos e disputam, com ardor, lugares que lhes conferirão autoridade sobre outros. Contudo, quando assumem postos de comando esquecem-se dos objetivos reais para os quais foram ali colocados, passando a agir em seu próprio favor. Tal posição nos recorda a história de um homem que foi nomeado mandarim, uma espécie de conselheiro na China. Envaidecido com a nova posição, pensou em mandar confeccionar roupas novas. Seria um grande homem, agora. Importante. Um amigo lhe recomendou que buscasse um velho sábio, um alfaiate especial que sabia dar a cada cliente o corte perfeito. Depois de cuidadosamente anotar todas as medidas do novo mandarim, o alfaiate lhe perguntou há quanto tempo ele era mandarim. A informação era importante para que ele pudesse dar o talhe perfeito à roupa. Ora, perguntou o cliente, o que isso tem a ver com a medida do meu manto? Paciente, o alfaiate explicou: "a informação é preciosa. É que um mandarim recém-nomeado fica tão deslumbrado com o cargo que anda com o nariz erguido, a cabeça levantada. Nesse caso, preciso fazer a parte da frente maior que a de trás. Depois de alguns anos, está ocupado com seu trabalho e os transtornos advindos de sua experiência. Torna-se sensato e olha para diante para ver o que vem em sua direção e o que precisa ser feito em seguida. Para esse costuro um manto de modo que fiquem igualadas as partes da frente e a de trás. Mais tarde, sob o peso dos anos, o corpo está curvado pela idade e pelos trabalhos exaustivos, sem falar na humildade que adquiriu pela vida de esforços. É o momento de eu fazer o manto com a parte de trás mais longa. Portanto, preciso saber há quanto tempo o senhor está no cargo para que a roupa lhe assente perfeitamente." O homem saiu da loja pensando muito mais nos motivos que levaram seu amigo a lhe indicar aquele sábio alfaiate, e menos no manto que viera encomendar.

........................................
Cargos e funções, são sempre responsabilidades que nos são oferecidas pela divindade para nosso progresso. Não há motivo para vaidade, acreditando-se superior ou melhor que os outros. Quando Pilatos assegurou a Jesus que tinha o poder de vida e morte, e que em suas mãos estava o destino de suas horas seguintes, o Mestre alertou-o dizendo: "Procurador, a autoridade de que desfrutas não é tua; foi-te concedida e poderá ser-te retirada." De fato isso veio a acontecer. Apenas poucos anos após a morte de Jesus, o poder de Roma retirou do procurador da Judéia, Pôncio Pilatos, toda a autoridade. Ele perdeu o cargo, o prestígio, e tudo que acreditava fosse eterno em suas mãos.
........................................
Toda autoridade deve se centralizar no amor e na vida exemplar, a fim de se fazer real. A autoridade de que nos vejamos investidos deve ser exercida sem jamais ferir a justiça. No desempenho dos nossos deveres, recordemos que só uma autoridade é soberana: aquela que procede de Deus, por ser a única legítima.
MENSAGEM DO DIA 29/102007

A Grave Problemática da Corrupção

Conforme o dicionário, corrupção é adulterar, corromper, estragar, viciar-se. Nos dias em que vivemos, muito se tem falado a respeito da corrupção. E, quase sempre, direcionando as setas para os poderes públicos. Pensamos que corrupção esteja intimamente ligada aos que exercem o poder público. Ledo engano. Está de tal forma disseminada entre nós, que, com certeza, muito poucos nela não estejamos enquadrados. Vejamos alguns exemplos. Quando produzimos algo com qualificação inferior, para auferir maiores lucros, e vendemos como de qualidade superior, estamos sendo corruptos. Quando adquirimos uma propriedade e, ao procedermos a escrituração, adulteramos o valor, a fim de pagar menos impostos, estamos disseminando corrupção. Ao burlarmos o fisco, não pedindo ou não emitindo nota fiscal, estamos nos permitindo a corrupção. Isso tem sido comum, não é mesmo? É como se houvesse, entre todos, um contrato secretamente assinado no sentido de eu faço, todos fazem e ninguém conta para ninguém. Com a desculpa de protegermos pessoas que poderão vir a perder seus empregos, não denunciamos atos lesivos a organizações que desejam ser sérias. Atos como o do funcionário que se oferece para fazer, em seus dias de folga, o mesmo serviço, a preço menor, do que aquele que a empresa a que está vinculado estabelece. Ou daquele que orienta o cliente, no próprio balcão, entregando cartões de visita, a buscar produto de melhor qualidade e melhor preço, segundo ele, em loja de seu parente ou conhecido. Esquece que tem seu salário pago pelos donos da empresa para quem deveria estar trabalhando, de verdade. Desviando clientes, está desviando a finalidade da sua atividade, configurando corrupção. Corrupção é sermos pagos para trabalhar oito horas e chegarmos atrasados, ou sairmos antes, pedindo que colegas passem o nosso cartão pelo relógio eletrônico. É conseguir atestados falsos, de profissionais igualmente corruptos, para justificar nossa ausência do local de trabalho, em dias que antecedem feriados. Desvio de finalidade: deveríamos estar trabalhando, mas vamos viajar ou passear. É promovermos a quebra ou avaria de algum equipamento na empresa, a fim de termos algumas horas de folga. É mentirmos perante as autoridades, desejando favorecer a uns e outros em processos litigiosos. Naturalmente, para ser agradáveis a ditos amigos que, dizem, quando precisarmos, farão o mesmo por nós. Corrupção é aplaudir nosso filho que nos apresenta notas altas nas matérias, mesmo sabendo que ele as adquiriu à custa de desavergonhada cola. E que dizer dos que nos oferecemos para fazer prova no lugar do outro? Ou realizar toda a pesquisa que a ele caberia fazer? Sério, não? Assim, a partir de agora, passemos a examinar com mais vagar tudo que fazemos. Mesmo porque, nossos filhos têm os olhos postos sobre nós e nossos exemplos sempre falarão mais alto do que nossas palavras. Desejamos, acaso, que a situação que vivemos em nosso país tenha prosseguimento? Ou almejamos uma nação forte, unida pelo bem, disposta a trabalhar para progredir, crescer em intelecto e moralidade? Em nossas mãos, repousa a decisão. Se desejarmos, podemos iniciar a poda da corrupção hoje mesmo, agora. E se acreditamos que somente um de nós fazendo, tudo continuará igual, não é verdade. Os exemplos arrastam. Se começarmos a campanha da honestidade, da integridade, logo mais os corruptos sentirão vergonha. Receberão admoestações e punições, em vez de aplausos. E, convenhamos, se não houver quem aceite a corrupção, ela morrerá por si mesma. Pensemos nisso. E não percamos tempo.

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Mensagem do dia 19/10/2007

Amigo

A flor-de-lótus é aquela que tem as raízes na lama mas mantém suas pétalas impecavelmente brancas. Ela precisa dos nutrientes que estão na lama para florescer. Isto é desapego, estar perto do que você mais desejaestar livre e usar isso para fazer você crescer. Aquela pessoa, que agora está perto de nós, é talvez o melhor professor que poderíamos ter, se fossemos capazes de ver o nutriente na sua presença.

Mensagem do dia 18/10/2007

Não fique triste!

Não fique triste!Procure o conforto que o céu dá a todos aqueles quese conformam e aceitam as dores com resignação.Se aquela criatura que você ama acima de tudo,mais do que a você mesmo, foi ingrata com você, não fique triste:peça que o Pai a ajude e que ela se torne cada vez mais feliz...Entregue ao Pai Todo-Compreensivo aqueles a quem você ama,e ame-os você também.


Mensagem do dia 17/10/2007

Verdade

O que é verdade? Ela é luz. A luz que remove a escuridão, que mostra a todos o caminho. Aquele que está liderando não diria nada, apenas continuaria limpando o caminho para outros. Ele não ficará preso em fofoca de qualquer tipo. Nunca ficará preso no que os outros estão pensando e fazendo, apenas continuará a progredir. Não importa o que aconteça ao longo do dia, o seu estágio não deveria mudar. Deixe que ele permaneça elevado e constante.

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Mensagens para o seu dia-a-dia

Não brigue com quem estiver muito abaixo de você. Não acrescentará nada de novo e ainda perderás na imagem, pois covarde parecerá. Melhor é orientar e ajudar aquele que tenta crescer como seu inimigo, um dia ele pode ser seu aliado.
Pense nisso, e tenha Um Bom Dia!

Mensagem do dia 07/10/2007


Lealdade

Em determinadas circunstâncias, parece que a falsidade é quem governa um convívio, uma situação ou os destinos de alguém. Porém, tudo isso é mera ilusão. No tempo certo acabará ruindo completamente como um castelo de areia. Pode parecer que o castelo tem muito encanto e beleza, mas é puro engano. Assim como a verdade se revela por si mesma, a falsidade desmorona-se pela sua própria inconsistência. Aquele que é leal, devido a sua retidão, é sempre mantido na mais elevada estima na mente e coração de todos.

Mensagem do dia 4/10/2007


Quietude

Todo o momento que você realiza uma verdade, que você sente a mão de Deus na sua vida ou o acidental suporte de um companheiro viajante, você se torna mentalmente quieto. Toda vez que você é abençoado com um insight, vê alguém sob uma luz diferente, entende porque está aqui, você experimenta quietude. O que mais a mente responde é à verdade. Ela silenciará instantaneamente quando ouvir a verdade.a falsidade desmorona-se pela sua própria inconsistência. Aquele que é leal, devido a sua retidão, é sempre mantido na mais elevada estima na mente e coração de todos.
O verdadeiro amor nunca se desgata.



Só existem dois dias no ano em que nada pode ser feito. Um chama-se "ontem" e o outro "amanhã".
Portanto, "hoje "é o dia certo para amar, acreditar, fazer e principalmente viver.


Mensagem do dia 5/10/2007

Ausente

Não permita que sua dor, seja ela causada pelo motivo que for, o impeça de perceber a beleza de cada momento. Não deixe que suas lágrimas, por mais sentidas e justas que sejam, turvem sua visão, impossibilitando que seus olhos vejam a vida com clareza e serenidade. Dedique aos amores que partiram pensamentos otimistas e repletos de confiança no reencontro futuro, sem desespero nem revolta. Se hoje, na sua rotina, pareceu-lhe que ninguém notou a dor que lhe invadia intensamente o peito, saiba que nada, nem mesmo nossas angústias, passam despercebidas ao pai. Confie, persista e prossiga, sempre.


"AmizadeAqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós.Deixam um pouco de si. Levam um pouco de nós". (Antoine de Saint Exupéry)






quarta-feira, 26 de setembro de 2007


MENSAGEM DO DIA 27/09/2007

Onde Começa a Delinquência?

Numa noite dessas, quando voltávamos para casa um pouco mais tarde do que o horário habitual, percebemos uma pequena aglomeração de jovens, no quintal de uma casa comercial. Fora do horário de expediente a casa estava fechada, o que a tornava propícia à invasão dos desocupados. Em princípio pensamos que eram meninos de rua buscando abrigo seguro, mas logo percebemos que se tratava de garotos de classe média, fazendo uso de drogas, despreocupadamente. Sentimos profunda compaixão por aqueles meninos tão novos e já sem rumo. Perdidos nos cipoais das drogas, num caminho de difícil retorno. Logo em seguida nos perguntamos: onde estão os pais desses jovens? Será que sabem o que fazem seus filhos? Ou será que não estão interessados no assunto? Grande parte dos que se iniciam nas drogas, logo adentram pelo caminho do roubo e de outros crimes, afundando-se cada vez mais num redemoinho sufocante. Estudos sobre a delinqüência infanto-juvenil feitos na Universidade de Harvard, Estados Unidos, revelaram os seguintes dados: 60% dos menores delinqüentes têm pai e mãe que bebem excessivamente. 65% desses menores têm permissão dos pais para fazerem o que bem entendem. 60% provêm de lares onde o marido e a mulher não vivem em harmonia. 70% são de lares onde não há recreação de espécie alguma. 80% têm pais que não procuram interessar-se pelos amigos dos filhos. 80% desses jovens queixam-se da indiferença da mãe. 60% queixam-se da indiferença do pai. A grande maioria provém de lares desfeitos. Raros recebem qualquer espécie de ensino religioso. Temos, dessa forma, as características gerais e bem acentuadas, das casas onde começa a delinqüência. São casas e não lares, porque o lar tem outro significado. Isso nos faz lembrar de uma pequena história para ilustrar a diferença dos termos. Devido à falta de casas perto da base militar onde servia, um jovem médico viu-se obrigado a viver com a esposa e três filhos pequenos num acanhadíssimo quarto de hotel. Um amigo, preocupado com a situação, aproximou-se da filha do médico, uma menina de seis anos de idade e lhe disse: "que pena vocês não terem um lar, não é mesmo?" - Oh, nós temos um lar, sim senhor, respondeu a menina prontamente. - O que não temos, por enquanto, é uma casa para abrigá-lo. Pensando nisso, concluímos que aqueles garotos soltos na noite, por conta própria, não eram meninos de rua, no sentido usual do termo, mas, certamente, eram meninos sem lar.
...................

Você já pensou, com seriedade, nas características gerais que definem as casas de onde sai grande parte dos delinqüentes? Vale a pena que prestemos muita atenção nos percentuais levantados pela Universidade de Harvard, para que analisemos a nossa situação dentro do lar. E se detectarmos qualquer coincidência com os fatores pré-disponentes à delinqüência, não hesitemos em mudar o rumo das coisas, antes que seja demasiado tarde.



MENSAGEM DO DIA 26/09/2007

Juntos


Bob era um veterano da guerra do Vietnã. E na guerra deixou suas duas pernas, à conta da explosão de uma mina. Foi recebido em seu país, como herói. Mas verdadeiramente herói ele demonstrou ser, vinte anos depois de seu retorno. Isso porque o verdadeiro heroísmo brota do coração. Era o ano de 1985 e ele trabalhava em sua garagem, num dia quente de verão. De repente, a tranqüilidade das horas foi rompida pelos gritos de uma mulher. Bob verificou que os gritos vinham da casa vizinha e, com rapidez, moveu sua cadeira de rodas naquela direção. Entretanto, a vegetação densa que ali existia, não permitia o acesso da cadeira. Os gritos continuavam, desesperadores e ele não teve dúvidas. Jogou-se ao chão e foi se arrastando, entre os arbustos. Quando chegou à casa ao lado, percebeu que os gritos vinham da piscina. Era a mãe de uma criança de apenas 3 anos que assim se expressava, quase em histeria. A criança caíra na piscina. Era uma garotinha com deficiência física: nascera sem os braços. Não tinha como nadar. Bob mergulhou até o fundo e trouxe a pequena Stephanie de volta. Ela não tinha pulso, o rosto estava azulado. Não respirava. Ele praticamente ordenou à mãe que chamasse os bombeiros, enquanto iniciou manobras de ressuscitação na criança. Quando a mãe retornou, ainda aflita, informou que os para-médicos iriam demorar um pouco, pois se encontravam em outro atendimento. Ela chorava, sem saber o que fazer. Mas bob foi quem a sossegou. Não se preocupe. Eu fui os braços dela para sair da piscina. Agora sou os seus pulmões. Não se preocupe. Juntos, vamos conseguir. Alguns segundos mais e a menininha tossiu, recobrou a consciência e começou a chorar. Mãe e filha se abraçaram. Como você sabia que tudo ia dar certo? - perguntou depois ao veterano de guerra a vizinha agradecida. Minha senhora, quando a mina explodiu, arrancando-me as pernas, eu estava sozinho num campo. Não havia ninguém para ajudar. Apenas uma menininha vietnamita. Enquanto eu lutava, me arrastando, para chegar ao seu vilarejo, ela ficava repetindo, num inglês atravessado: ‘Está tudo bem. Você vai viver. Eu ser suas pernas. Juntos nós conseguir.’ Bem, eu consegui com a ajuda da garotinha. Agora, foi a minha oportunidade de retribuir o favor. E fico feliz por isso. É uma forma de dizer a Deus que agradeço por estar vivo.
...............
Quase sempre colocamos limites para nossas atuações no bem. Pensamos muito antes de agir. O que faz que, por vezes, o socorro chegue atrasado. Dizemos que não temos dinheiro para ajudar a quem precisa, que não temos tempo, que não sabemos o que fazer. Pensemos um pouco: quem realmente se importa com o outro e quer, age. Com o que tem, como pode, onde possa. Mesmo porque, por vezes, somos a única opção de auxílio a alguém.

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Mensagem do dia 25/9/2007

Humildade

Humildade é o fruto do auto-respeito, traz certeza sem dogma. Uma pessoa humilde nunca teme perda. O que precisamos está sempre dentro de nós. Nada e ninguém pode pegar esses recursos internos. Humildade floresce da segurança interior, nos tornando prontos para comunicar, cooperar e experimentar novos pensamentos e idéias. Ela é a nossa grande proteção.


Não ame esperando algo em troca; espere para que este sentimento cresça no coração daquele que você ama. E, se isso não acontecer, esteja feliz por este sentimento estar crescendo em seu coração.


Mensagem do dia 26/9/2007

Relacionamentos

O que acontece quando alguém lhes dá um presente? Mesmo que vocês não gostem muito dele, vocês irão pegá-lo. Vocês não iriam devolvê-lo, isto seria muito rude. Da mesma maneira, com relação ao Drama da vida, não sejam rudes com ele queixando-se: "Por que você me enviou essa pessoa?" É um presente e você tem que abrí-lo. Porque dentro dele existe uma semente, talvez a semente da tolerância. Para cada problema de uma pessoa vocês encontrarão, lá dentro, uma semente para o que é oposto.
Acreditem nisso!

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Mensagem do dia 21/9/2007

Intelecto

A qualidade mais importante do intelecto é entender as coisas como elas são e não como parecem ser.Assim como nada pode ser escrito na luz, um bom intelecto nunca se deixa poluir pelo inútil nem influenciar pelo negativo.Com tal lucidez, ele fica ocupado com suas próprias experiências - não tem tempo para ficar observando como os outros estão agindo.Ao invés de criticá-los e julgá-los, ele permanece estável e poderoso em seu trabalho interior.

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Mensagem do dia 20/09/2007

EU AMO TUA VOZ

Me dizendo coisas. Eu amo ficar do teu lado sentindo teu corpo no meu. Eu amo teus beijos, que saciam minha sede, e calam minha alma. Eu amo teu perfume, teu jeito de ser; Eu amo acreditar que vamos ficar juntos para sempre.Tudo em você me completa.Ter encontrado você foi o melhor presente que me aconteceu,sinto-me feliz ao teu lado,você é muito especial para mim e, com certeza, transformou minha vida, e mudou meu mundo, me fez ver cores e flores que antes eu não via, e com todas as transformações que fizestes em minha vida, a maior delas foi a redescoberta do amor, e por hoje eu te digo com todo coração:
EU TE AMO!

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

UMA DAS COLUNAS ISTO POSTO - SEMANA PASSADA - P.Martins


ALI BABÁ “DOIS”

O chamado Ali Babá brasileiro não foi denunciado junto ao Supremo. Foi um erro. Tanto que ensejou animação a um bando de delinqüentes abrigados sobre o corrosivo manto da impunidade do Senado, a praticarem a defesa do corrupto que preside aquela casa. Certamente se animaram em torno do fato que revela que quando o bando atinge o numero de quarenta, o mafioso mor deverá ser blindado. Foi assim em torno dos pronunciados no Supremo e, foi assim na quarta feira quando justamente quarenta – mais uma vez o numero sintomático – absolveu o Dom Corlione tupiniquim. A diferença nessas semelhanças é que o Ali Babá da literatura roubou de ladrões e, os nossos roubaram do povo, da sociedade e são absolvidos. Metade do “Senado da República” é composta de canalhas, escreveu certa ocasião um colega jornalista. Foi processado, houve sentença e, ao lhe exigirem retratação, não se fez de rogado e escreveu:
“Metade do Senado não é composta de canalhas”.
Pronto, embora a “retratação” a verdade não foi alterada. Desde a última quarta feira os brasileiros devem estar dizendo: “Metade do senado é composta de canalhas”. Acrescente-se “delinqüentes, safados” e outros adjetivos que hoje, mais do que nunca, fazem por merecer. Resta ao Brasil, agora, restaurar o respeito de cidadania aos senhores Marcola, Fernandinho Beira Mar, Marcos Valério, Delúbio Soares e, em memória póstuma, a Lampião, Silvério dos Reis, P.C. Farias, ao mesmo tempo em que se pede para não mais dispararem insultos contra homens como Paulo Maluf, Roberto Jéferson e similares. São cidadãos “dignos de respeito” a partir da nova cultura criada pelo senado brasileiro na última quarta feira.

GRIFE

O senado brasileiro não perdeu os escrúpulos, pois não se perde o que não se tem.

KETCHUP

Por “jurisprudência de lamaçal”, consagrada no Senado brasileiro, salvem o Corinthians. Afinal, todos são iguais perante a lei.

***
No regime militar um escândalo como esse envolvendo o quadrilheiro que foi absolvido no Senado não ocorreria. Havia o que era chamado de Ato Institucional. E por esse instrumento, um delinqüente como o que foi inocentado por seus semelhantes, simplesmente seria cassado sem nenhum circo a envolver todos os palhaços circunstantes.

***

Petista, a bordo das trapaças que usam para burlar o bom senso do povo, afirmou que “o senado estava salvo como instituição”. Justamente “como instituição” é que está liquidado.

***
Renam Calheiros está autorizado a continuar multiplicando seus bois à revelia de processos honestos, assim como a continuar comprando emissoras de radio e jornais com o dinheiro que falta nos salários dos professores, dos policiais, dos trabalhadores brasileiros, enfim.

***
Após ter o senado disparado o tiro de misericórdia na dignidade, na ultima quarta feira, uma das mais notáveis personalidades brasileiras – RUI BARBOSA – foi a mais lembrada. Disse ele quando em vida:
“O Brasil seria melhor se os homens de bem tivessem a ousadia dos canalhas”.

***
Cascavel, lá pela década de setenta, contava com um lupanar conhecido como “Casa da Chiquinha”. Creiam que o seu “status” era acentuadamente mais respeitável do que o atual Senado brasileiro.

***
Em nota à imprensa, Renan Calheiros afirmou que o que aconteceu no senado foi “VITÓRIA DA DEMOCRACIA”.
Coluna ISTO POSTO - Paulo Martins - Sábado - 15/09/2007 - GAZETA DO PARANA


A HISTÓRIA AGREDIDA

Kennedy Alencar é o nome que vi assinado numa coluna publicada pela Folha de São Paulo, que discorria sobre o infame e parcial livro que trata sobre o período em que os militares brasileiros, a bordo da responsabilidade de cuidar dos mais valiosos princípios desta Nação, defenderam, por imperioso patriotismo, o status de liberdade e democracia que o comunismo internacional desejava demolir. Ocorre que o signatário do artigo em referência – se é colega não sei – ao mesmo tempo em que precisa ter reconhecido o direito de pensar como desejar, ignorou que a ética literária não lhe autoriza deturpar fatos históricos – o que ele fez – a bordo da decisão de defender um dos mais corrosivos, parciais e mentirosos compêndios (o livro em apreço) relacionados com o período em que os militares desenvolveram a ordem e o progresso deste nosso Brasil. O “moço”, acredito que o seja já que não houve resposta de e-mail que pedia sua idade, acredito, à época, deveria estar ainda no útero da mãe ou, quem sabe, nem ali ainda havia desaguado, quando ocorreu a “tentativa de golpe” e a reação através do “contra golpe” exigido pela sociedade brasileira. A verdade verdadeira, histórica e irrefutável, esclarece que a ação dos militares foi, sim, “um contra golpe”, reação que baniu, então, essa crosta ideológica pegajosa e infame que esperneia e sobrevive em alguns raros cantos menos exigentes deste nosso planeta, um dos quais Cuba. E por ter certeza de que lá em 64 o missivista não estava - ou não cavalgaria em falsidades, acredito - é que me permito, eu que lá estive, alertar aqueles que se assanham a bordo de inverdades e do “ouvi dizer”, que um dos mais gratificantes bônus reconhecido e oferecido pela opinião pública a um jornalista é o da credibilidade – aliás, o principal – mas para merecê-lo, é imperioso preservar a verdade em notícias ou em artigos ou em notas soltas, rodapés ou seja lá em qual circunstância e, se assim é, torna-se recomendável revisar escritos antes de publicá-los enfaixados em falsidades e tolices. Ainda a bem da verdade, o livro que até o defectível governo Lula defende, está na contra mão da realidade do que foi o período de governo militar e, mais ainda, envolvem-no na abjeta tentativa de redimir delinqüentes que sobreviveram, apesar dos seqüestros, assaltos e assassinatos que promoveram e hoje buscam escamotear pelas mentiras que tentam transformar em verdades. Não são verdades, ao contrário, são balelas que produtores de artigos de falso conteúdo tentam consagrar e falsidades que liquidam com o trunfo principal de um profissional de imprensa e que é – repito – a credibilidade. E porque afirmo com convicção o que aqui está nessas “mal traçadas linhas”, principalmente a respeito dos ataques ao que ocorreu no final de março de 1964 pelo tal livro infame? Qual a minha “credencial” de sustentação? Uma muito simples...EU ESTAVA LÁ, NAQUELE MARÇO DE 1964. Vivi tudo aquilo que hoje, indivíduos desinformados, ALÉM DE OUTROS MAL INTENCIONADOS, tentam deturpar em favor de uma ideologia jurássica, medieval, fracassada, corrompida e incapaz. Eu estava lá, assistindo as circunstâncias do “contra-golpe” que elementos que hoje inspiram artigos e livros, insistem em batizar como golpe. Graças aos militares hoje não temos um Brasil cubanizado, comunistado, ditatorial e dissociado de liberdades. Assim é que, faz-se mister aconselhar-se “escribas” mal informados - ou mal intencionados, repito - a que, antes de escreverem asneiras conflitantes com a realidade, procurem se instruir pelo menos em termos históricos, pois hoje ainda vivem muitos dos que “viveram” aquele período e estão prontos a rechaçar canalhas imbuídos de conspurcar a verdadeira história da redentora revolução de março de 1964. O colunista da Folha escreveu:
“A nota do Alto Comando do Exército sobre o livro `Direito à Memória e à Verdade´ é uma triste notícia para o país”.
Quem o autorizou a falar em nome do País ? Quem ? Já não bastam as trapaças na área política, teremos que também que passar a cultivar trapaças na área jornalística ? Na verdade, o aconselhável seria honrarem os princípios da profissão combatendo a mentira e não ajudando a reforçá-la. Diz ainda:
“O livro conta uma verdade histórica. Pela primeira vez, um documento do governo federal relata em detalhes atos cruéis da ditadura militar (1964-1985).”
O livro não conta uma verdade histórica, ao contrário, deturpa a verdade e, agredindo o princípio básico da informação, tenta convencer a opinião pública sobre a versão de apenas um lado da história e, justamente o lado dos bandidos, dos terroristas, dos seqüestradores, dos assassinos, dos assaltantes de bancos, aos quais articulistas vez ou outra decidem se associar. Enfim, há ocasiões em que somos obrigados a lamentar estarmos irremediavelmente nessa profissão jornalística, e isso ocorre quando constatamos que certos “colegas” fazem parte dessa nobre atividade, mas sem se preocuparem em honrar os elementares princípios da honestidade da informação. Mas, fazer o que, tentar enfraquecer “o fruto de certos determinismos genéticos”, às vezes é árdua e nada exitosa empreitada.

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Mensagem do dia 11/09/2007

Derrota

A causa da derrota não se encontra no obstaculo ou no rigor das circunstancias. Está no retrocesso da determinação e na desistencia da própria pessoa. Se acreditar em dificuldades, tudo realmente fica dificil. Se acreditar em impossibilidades, tudo realmente fica impossivel. Quando o ser humano regride na sua decisão de vencer, os problemas que se erguem a sua frente acabam parecendo maiores e confunde-no como uma realidade que não pode ser mudada. A derrota encontra-se exatamente nisso.


Mensagem do dia 12/9/2007

Valores

Precisamos de diretrizes que jamais mudem, não importa quantas vezes reinventemos a nós mesmos e nossas organizações. Estas diretrizes são nossos valores - os pessoais e aqueles com os quais concordamos em nossos trabalhos. Quando ninguém sabe o que fazer - o que é muito comum hoje em dia, independente da posição hierárquica - podemos recorrer aos nossos valores para definir o caminho a seguir. Quando as regras não mais se aplicam, apenas os princípios permanecem.


Mensagem do dia 13/9/2007

Segredo Essencial

Muitas vezes ficamos seriamente preocupados com as soluções que deveríamos apontar para aqueles que nos procuram, diante da grandiosidade de seus inúmeros problemas. Soluções sem dúvida, nada fáceis. Soluções talvez utúpicas e alienantes, caso não sejam nascidas de uma profunda comunhão de vida com aqueles que sofrem.Quem precisa desabafar, não vem em primeiro lugar em busca de reflexões. Ele busca, sim um ombro amigo onde possa reclinar sua fronte cansada. Um pouco de compreensão apenas. Um pouco de atenção, de aceitação, de calor humano. Isso é tudo. Tudo o que um coração que sofre necessita. Não se preocupe em resolver problemas e apontar soluções para quem está aflito e desesperado. Enxugue suas lágrimas, compartilhe suas angústias, (mas, sem envolvimento)!!!!!! acalente-o, fazendo todo ouvidos e ternura para as palavras sofridas ou o silêncio terrível de quem se sente aniquilado pela vida. As soluções nascem por si. Para compreender e amar de verdade é preciso: escutar sem pressa, sem julgar, escutar com toda paciência e interesse . Eis o segredo que todos nós devemos aprender.



A CARTA

"Como estás?

Escrevo-te esta carta porque quero dizer-te o quanto me preocupo
contigo e quão grande é o meu desejo de ajudar-te. Vi-te ontem com teus amigos e pensei que talvez quisesses falar
também a mim. Esperei todo o dia. Ao entardecer, dei-te um lindo pôr-do-sol para
terminar teu dia e uma brisa fresca para teu descanso depois de um dia cansativo e esperei...Nunca vieste. Sim, claro, doeu-me muito, mas ainda assim te amo e quero ser teu amigo.
Vi-te dormir ontem à noite e quis tocar tua fronte. Enviei raios de lua que cobriram
teu travesseiro e teu rosto para ver se despertavas para falar comigo, mas não!
Continuavas em teu sono. Tenho tantos dons para dar-te. Pouco depois era tarde e foste apressadamente trabalhar.
Minhas lágrimas misturaram-se à água que caía.Hoje vejo-te triste, preocupado, só, tão só! Meu coração compreende:
meus amigos também me abandonaram e machucaram, mas eu te amo. Oh, se ao menos escutasses... Eu te amo! Procuro dizer-te por meio do céu azul
e dos verdes campos. Falo-te aos ouvidos através das folhas das árvores e do odor das flores.
Grito nos riachos entre as montanhas. Dou aos pássaros cantos de amor para ti.Visto-te com o calor do Sol e perfumo para ti o ar com o aroma da natureza.
Meu amor por ti é mais profundo do que o mar,
porém maior é meu desejo de falar e caminhar contigo!Eu sei quão duro é viver nesta terra. Realmente o sei e desejo ajudá-lo
se me deixar somente demonstrá-lo. Quisera que conhecesses o meu Pai.
Ele deseja ajudar-te também. Meu Pai é assim. Logo tu o conhecerás
e o amarás tanto quanto a mim. Chama-me qualquer hora do dia ou da noite, pois eu nunca durmo e sempre te responderei.
Amo-te, sejas solteiro, casado ou divorciado...
sejas bom ou mau, eu te amo.Pede-me o que queiras, que se for para o teu benefício eu te darei.
Fala comigo e desabafa tuas angústias e ansiedades que eu sempre tenho tempo para ti.Por favor, não te esqueças de mim, tenho tanto que partilhar contigo...
quero dar-te tantas coisas... Já não te incomodarei mais. Sei que tens muito o que fazer.
erdoa-me que te tenha tomado tanto tempo,
mas não podia esperar mais sem deixar-te saber que te amo e que te espero."
Teu amigo fiel,Jesus de Nazaré.
(Autor desconhecido)
MENSAGEM DO DIA 10/09/2007

Vergonha de ser Honesto

O brasileiro Rui Barbosa, grande jurista e diplomata, notável escritor, além de extraordinário orador, deixou um escrito que nos faz refletir sobre a atual situação da nossa sociedade. Escreveu ele: "de tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto..." A indignação de Rui Barbosa, ainda que tenha sido há muito tempo, faz sentido e é digna de nossas reflexões. Pessoas que se deixam levar pela opinião da maioria, facilmente se enredam na desonestidade com a justificativa de que "todo mundo faz". Esse é um lamentável equívoco, fácil de perceber com algumas reflexões. Considere que você é um espírito livre e independente, que sobrevive à morte do corpo físico, e que receberá das leis da vida, conforme suas obras. Considere, ainda, que você chegou ao mundo só, e só retornará, quando chegar a sua hora. Você, e somente você, responderá por suas ações, ninguém mais. Mesmo que "todo mundo faça", cada um será responsabilizado, individualmente, diante da própria consciência. Dessa forma, não permita que essa onda de desonestidade e corrupção, que assola grande parte da população, arraste você também para o lodaçal. Lembre-se de que diante da sua consciência você estará sempre só, sem testemunha de defesa, a não ser seus atos nobres. Não vale a pena abrir mão do único patrimônio que realmente lhe pertence, que é a honradez, por algum dinheiro ou benefício escuso, que terá que deixar na aduana do túmulo. A dignidade é o patrimônio mais valioso que alguém pode ter. Não o desperdice com coisas efêmeras que pertencem à terra. E o que é mais interessante, é que até as pessoas desonestas preferem contar com pessoas dignas, em quem possam confiar... Estranho paradoxo! Por mais que se diga que a desonestidade está em alta, temos visto verdadeiros impérios desabando por causa da falta de ética. Temos visto empresas e instituições de prestígio, bancos sólidos, vindo abaixo por forjar resultados, fraudar documentos, enganar, extorquir... Empresas que não trabalham com transparência estão perdendo seus investidores, que preferem apostar numa relação de confiança. Pode-se perceber que no meio econômico a confiança ainda é o capital que mais atrai e multiplica o dinheiro. Ninguém, em sã consciência, investe em instituições ou empresas nas quais não confia. E é importante lembrar que as empresas são dirigidas por pessoas. E são as pessoas que dão confiabilidade ou não aos negócios. Portanto, é sempre o indivíduo o portador dos valores morais capazes de gerar confiança, a única base capaz de sustentar tanto os negócios quanto as amizades. Sem dúvida essas reflexões são oportunas e devem nos fazer pensar a respeito. Afinal, se a desonestidade se tornar regra geral de conduta, o que será da nossa sociedade? Portanto, vergonha de ser honesto: jamais! Pense nisso, e não contribua para turvar o lago da esperança com os detritos da desonestidade.

sábado, 8 de setembro de 2007

Frases Românticas

"Se toda vez que eu fechar os os olhos, ganhasse um beijo seu, fecharia os olhos eternamente."
"De que vale o delírio dos olhos, se eles se fecham quando os lábios se tocam?"
"Queria que você fosse tudo em minha vida, mas quis demais. Você foi apenas um sonho, nada mais."
"Se pensa que eu te amo, se pensa que eu choro por você, se pensa que eu te quero e não vivo sem você, pensou certo.!"
"Você é como as estrelas, posso amá-las mas não posso tocá-las nem tê-las."
"O momento mais forte do amor, é quando sabemos que ele precisa morrer, mas não temos força para matá-lo."
"Em cada momento, um instante, Em cada instante, uma afirmação. Em cada afirmação, uma certeza de que jamais tiraria você do meu coração."
"Eu queria ser invisível, para em teu quarto entrar e no silêncio da noite, teus lábios beijar."
"Vivo no mundo da lua, lá é mais fácil pensar em você."
"Por dentro estou sofrendo, sabendo que ti perdi. Por fora estou vivendo, fingindo que ti esqueci."
"Não existe amor à primeira vista. O que existe é a pessoa certa, no momento certo. Você por acaso estava lá."
"Se eu tiver que escolher entre você e o sorriso, escolho você, pois sem você nunca irei sorrir."
"Nunca se esqueça que dentro de mim, bate um coração que ti ama."
"É impossível uma pessoa se sentir completa e segura quando esta sozinha. Que tal você ser minha outra metade?"
"Pelas ruas que passei, e pessoas que encontrei; você foi uma delas que jamais esquecerei."
"Não consigo aceitar que perdi você, meu coração esta morrendo de saudade."
"Ontem éramos três; eu, você e a felicidade. Hoje somos dois; eu e a saudade."
"Se pedires minha vida, eu te darei sorrindo. Se pedires que eu vá embora, para sempre partirei. Mas não me peças pra te esquecer, pois jamais te esquecerei."
"Uma linda viagem é ir do nariz ao queixo bem devagarinho e parar no meio do caminho."
"Linda morena, que encanto é você! Alegre, felina, dengosa, você é mais, muito mais que uma rosa num belo jardim. Você é luz que traduz felicidade pra mim!"
"Mesmo que o ouro perca o seu valor, mesmo que o sol deixe de brilhar, por toda vida eu vou te amar."
"Saudades de ti terei, saudades que vão me fazer chorar, saudades do teu beijo, saudades do teu olhar."
"O amor não é um simples sentimento, mas sim uma solução para um mundo melhor. Há caminhos que levam a ele, dependendo do jeito que os traçamos. Então deixe-me corresponder com o meu amor que lhe guiarei aos caminhos do meu coração!"
"De perto conheço o amor. De longe conheço a bondade. Hoje conheço você que amo de verdade."
"A magoa é o resultado de um amor fracassado. Se isso for verdade, eu desconheço este sentimento, pois cada dia que passa, eu me envolvo ainda mais com esse meu amor. Por isso, hoje, eu posso dizer tranqüilo, que te amo eternamente!"
"O amor deve ser como água, puro e cristalino, como a terra, forte e bonito, como o ar, livre e solto... O amor é como os teus olhos que me fascinam, como a tua boca, que faz delirar, como tudo que lhe pertence, pois esse tudo foi tocado por suas mãos delicadas e macias. O amor é em si resumido em uma só palavra; você. Eternamente você!"
"Nossa amizade pode ter várias vírgulas, mas nunca um ponto final!"
"Antes de ferir um coração lembre-se que você pode estar dentro dele!"
"O sorriso é a manifestação dos lábios, quando os olhos encontram o que o coração procura."
"Nunca provoques o florescer de um sorriso dizendo eu te amo, para depois fazer rolar uma lágrima pedindo: esqueça-me."
"Sempre que estiver triste lembre-se que alguém é feliz pelo simples fato de você existir."
"Só deixarei de gostar de você, quando um pintor conseguir pintar o barulho de uma lágrima caindo."
"Nunca feche os olhos para o mundo, pois há pessoas no mundo que esperam o seu olhar."
"Preciso esquecer que te adoro... para lembrar que te amo."
"Muitos são os que amam, pouquíssimos são os que sabem amar."
"Eu estou preso, mas esse tipo de prisão não é com grades, mas com sentimentos que eu sinto por você! E, eu lhe peço que... não pague a fiança!"
"O fogo do amor se apaga, quando ele na verdade não existe, mas o verdadeiro amor é aquele que começa como uma faísca e sem querer domina o seu coração para sempre!"
"Só passamos a valorizar alguém quando está fora de alcance... Por isso, confesso que, estando longe assim, passo a perceber o quanto você é importante para mim!"
"A pessoa que ama é uma pessoa espontânea. A pessoa que ama não tem necessidade de ser perfeita, apenas humana."
"O amor é como um espelho. Quando você ama uma pessoa, se transforma no espelho dela e ela no seu!"
"O amor verdadeiro só cria, nunca destrói."
"O amor tem os braços abertos. Se você fechar os braços para o amor, verá que esta apenas abraçando a si mesma e isolando-se no mundo, descobrindo a solidão."
"Nunca digas que teve um grande amor e o esqueceu, só porque conseguiu falar dele sem que seus olhos enchessem de lágrimas. Um amor não morre, somente dorme nos braços da esperança."
"É amor vou deixar doer, doendo vou te amando, amando vou lembrar de você... para que serve o amor se não tenho você!"
"Outrora eu era metade, você minha gata é meu meio, com nossa junção formamos o inteiro, que é o amor eterno."
"Não te quero só para mim e nem poderia, quero-te para ti mesmo e para tua própria vida. Quanto mais fores o que quiseres mais serás o que eu queria."
"Vem matar minha sede na relva na rede, vem matar o meu desejo, vem me sufocar com o seu beijo, vem de qual que canto do universo ser a inspiração do meu verso, vem me diz onde moras, seu nome e seu telefone. Vem minha princesa encantada, vem agora. Antes que algo aconteça e eu vá embora!"
"É fácil dizer eu te amo, o difícil é amar de verdade."
"O verdadeiro amor nunca morre, ele apenas dorme para acordar ainda mais belo."
"As vezes você pensar que não pode fazer tudo o que quer, pense... Você pode fazer o que quiser se for aquilo que o coração mandar."
"Só o tempo pra dizer o que vai acontecer na minha vida sem você. Como será? Será que vou te esquecer ou então me arrepender de não tentar te amar."
"Hoje eu sou louco de vez, um pouco porque eu já era, um pouco porque você me fez."
"Não quero ser na sua vida o início de um fim nem o fim de um começo, quero ser o início de um começo sem fim."
"Nem todas as palavras do mundo conseguirão exprimir o que sinto por você; nem todos os segundos de inúmeras horas serão suficientes para estar ao seu lado."
"Todas as vezes que se sentires só, chore, pois ao cair de uma lágrima, significa o surgimento de um novo sorriso."
"Se você não pode ser o sol, seja um planeta, mas nunca deixe de irradiar a luz que mora no seu coração."
"Como posso dizer que o amor é cego se tem amei por um olhar."
"Quero ser a pele do seu corpo para poder estar no seu corpo o tempo inteiro e assim realizar meu desejo de te amar."
"No papel deixo lágrimas por estar tão longe assim. Quero que fique logo seco, para que não te molhe, como a mim."
"Como é bom estar apaixonado, estar assim tão extasiado... De amor... por você!"
"Pela alma passa a alegria que eu quero bem dizer é com grande euforia que eu amo a você!"
"Já me basta a aproximação na presença desta áurea bonita descubro que você é a minha paixão que torna a minha vida infinita!""Pense apenas por um minuto que eu penso no segundo volte atrás no pensamento pensando forte e sem medo vire seus lábios e chegue perto mostre-me o beijo quente do deserto!"

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Pensamentos
A primeira camada da alma é a mente consciente, os pensamentos. Através do conhecimento espiritual conseguimos mudar os pensamentos de negativos em positivos. Assim, com maior atenção, estes pensamentos purificados vão se tornando elevados. E, com maior determinação ainda, estes pensamentos elevados conseguem modificar a qualidade do meu pensar. Eu vejo o efeito disso na prática. A forma de 'alimentar' estes pensamentos é ter sempre, na superfície da mente, os pontos contidos na mensagem do dia.

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Você acredita?

Festa de Casamento (acontecimento real)

Dizem que esta história se deu em São Paulo com um funcionário da Walita, e saiu em todos os jornais. Era um enorme casamento com cerca de 300 convidados... Depois do casamento, durante o brinde, o noivo levantou-se, foi ate o palco e pegou o microfone, disse que queria agradecer a todos por terem vindo, muitos de tão longe, para assistir ao seu casamento, e especialmente ao seu novo sogro por ter providenciado uma festa tão espetacular... Em retribuição aos presentes que receberam dos convidados, ele disse que queria oferecer a todos um presente especial só da parte dele. Pediu então que todos abrissem os envelopes que estavam colados com Silver-Tape de baixo das cadeiras... E assim foi!! Todo mundo com aquela cara de "que coisa original", que "bonitinho", etc ., até que abriram o envelope, dentro do qual estavam duas fotografias em 20x30 do seu padrinho de casamento tendo relações sexuais com a sua noiva... Ele tinha suspeitado da relação dos dois umas semanas antes do casamento, e contratou um detetive para os seguir, confirmando as suas suspeitas... O noivo ficou durante alguns segundos observando as reações dos convidados, virou-se para o seu padrinho e noiva, e disse: curtam a festa, é de vocês. Retirou-se então, deixando uma multidão estupefata... Teve o casamento anulado dois dias depois... Enquanto a maioria de nós teria acabado como noivado imediatamente após descobrir a traição, ele não; deixou a coisa seguir adiante como se nada tivesse acontecido!!! A SUA VINGANÇA: Fez com que os pais da noiva pagassem mais de R$ 32.000 por um casamento para mais de 300 convidados (e que o pai da noiva, um militar aposentado, provavelmente vai fazê-la pagar de alguma forma...). Fez com que todos ficassem sabendo exatamente como é que as coisas aconteceram (se ele tivesse cancelado antes da cerimônia, a família da noiva só iria saber da versão que ela contasse). Deu fim a reputação da noiva e do padrinho em frente de todos os seus amigos pais, irmãos, irmãs, avós, sobrinhos, tios, tias, etc. EM OUTRAS PALAVRAS: O CARA É CORNO, MAS É O CARA!! !

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

MENSAGEM DO DIA 05/09/2007

A Visão de Cada Um

Dois homens, muito enfermos, ocupavam uma mesma enfermaria em um grande hospital. Sua única comunicação com o mundo de fora era uma janela. Um deles tinha a sua cama perto da janela e, todos os dias, tinha permissão para se sentar em sua cama, por algumas horas. Tudo como parte do tratamento dos pulmões. O outro, cuja cama ficava no lado oposto do pequeno cômodo ficava o dia todo deitado de barriga para cima. Todas as tardes, quando o homem cuja cama ficava perto da janela era colocado sentado, ele passava a descrever para o companheiro de quarto o que havia lá fora. Falava do grande parque, cheio de grama verde, de árvores frondosas e flores mais além, em canteiros bem cuidados. Descrevia o lago, onde havia patos e cisnes. Falava das crianças que jogavam migalhas de pão para as aves, e dos barcos de brinquedo que coloriam as tardes de verão. Falava dos casais de namorados que passeavam de mãos dadas entre as árvores, dos jogos de bola muito disputados entre a criançada. Dizia que bem além da linha das árvores, ele podia ver um pouco da cidade, o contorno dos altos prédios contra o azul do céu. O homem deitado somente escutava e escutava. Houve um dia em que ouviu, preocupado, o caso de uma criança que quase caiu no lago, sendo salva a tempo por sua mãe. Num outro dia, a descrição minuciosa foi a respeito dos lindos vestidos das moças que saudavam a primavera em flor. O homem deitado quase podia ver o que o outro descrevia, tantos eram os detalhes e a emoção do companheiro sentado. E, aos poucos, foi se tomando de inveja. Por que somente o outro, que ficava perto da janela, podia ter aquele prazer? Por que ele também não podia ter aquela mesma oportunidade? Enquanto assim pensava, mais se envergonhava e, no entanto, não conseguia evitar que tais pensamentos o atormentassem. Certa noite, enquanto estava ali olhando para o teto, como sempre, percebeu que o outro começou a passar mal. Acordou tossindo, parecendo sufocar. Com desespero, o botão de emergência foi acionado. As enfermeiras correram. O médico veio. Nova aparelhagem respiratória foi providenciada, mas tudo em vão. O homem morreu. Pela manhã, seu corpo sem vida foi retirado dali. Então, o homem que permanecia sempre deitado, pediu para que o colocassem na cama do outro, próximo da janela. Logo que assim foi feito e a enfermeira saiu do quarto, ele fez um grande esforço, apoiou-se sobre o cotovelo, na tentativa de se erguer no leito. A dor era intensa mas ele insistiu. Com muita dificuldade, ele olhou pela janela e viu...apenas um enorme, alto e feio muro de pedras nuas.

...............
A vida tem o colorido que a pessoa lhe dá. A paisagem se torna cinzenta ou plena de luz de acordo com as lentes de que se serve a pessoa para olhá-la. Sofrer a enfermidade e se fechar na dor ou enfeitar de vivas cores o quadro que vive, é opção individual. Há os que sofrem pouco e se desesperam, aumentando sua carga de dissabores, com as lentes escuras e sombrias de que se servem para contemplar tudo e todos. Há os que sofrem muito e se dizem tranqüilos, padecendo serenos.
MENSAGEM DO DIA 04/09/2007

Invisíveis, Mas Não Ausentes

Quando morreu, no século XIX, Victor Hugo arrastou nada menos que dois milhões de acompanhantes em seu cortejo fúnebre, em plena Paris. Lutador das causas sociais, defensor dos oprimidos, divulgador do ensino e da educação, o genial literato deixou textos inéditos que, por sua vontade, somente foram publicados após a sua morte. Um deles fala exatamente do homem e da imortalidade e se traduz mais ou menos nas seguintes palavras: "A morte não é o fim de tudo. Ela não é senão o fim de uma coisa e o começo de outra. Na morte o homem acaba, e a alma começa. "Que digam esses que atravessam a hora fúnebre, a última alegria, a primeira do luto. Digam se não é verdade que ainda há ali alguém, e que não acabou tudo? "Eu sou uma alma. Bem sinto que o que darei ao túmulo não é o meu eu, o meu ser. O que constitui o meu eu, irá além. "O homem é um prisioneiro. O prisioneiro escala penosamente os muros da sua masmorra, coloca o pé em todas as saliências e sobe até ao respiradouro. "Aí, olha, distingue ao longe a campina, aspira o ar livre, vê a luz. "Assim é o homem. O prisioneiro não duvida que encontrará a claridade do dia, a liberdade. Como pode o homem duvidar se vai encontrar a eternidade à sua saída? "Por que não possuirá ele um corpo sutil, etéreo, de que o nosso corpo humano não pode ser senão um esboço grosseiro? "A alma tem sede do absoluto e o absoluto não é deste mundo. É por demais pesado para esta terra. "O mundo luminoso é o mundo invisível. O mundo do luminoso é o que não vemos. Os nossos olhos carnais só vêem a noite. "A morte é uma mudança de vestimenta. A alma, que estava vestida de sombra, vai ser vestida de luz. "Na morte o homem fica sendo imortal. A vida é o poder que tem o corpo de manter a alma sobre a terra, pelo peso que faz nela. "A morte é uma continuação. Para além das sombras, estendes-se o brilho da eternidade. "As almas passam de uma esfera para outra, tornam-se cada vez mais luz, aproximam-se cada vez mais e mais de Deus. "O ponto de reunião é no infinito. "Aquele que dorme e desperta, desperta e vê que é homem. "Aquele que é vivo e morre, desperta e vê que é Espírito."

....................
Muitos consideram que o falecimento de uma pessoa amada é verdadeira desgraça, quando, em verdade, morrer não é finar-se nem consumir-se, mas libertar-se. Assim, diante dos que partiram na direção da morte, assuma o compromisso de preparar-se para o reencontro com eles na vida espiritual. Prossegue em sua jornada na terra sem adiar as realizações superiores que lhe competem, pois elas serão valiosas, quando você fizer a grande viagem, rumo à madrugada clarificadora da eternidade.

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

MENSAGEM DO DIA 01/09/2007

A Lente

Quando menino, eu tinha por apelido, "o fogo-de-palha". Estava sempre com um plano novo na cabeça e, a respeito, falava entusiasticamente à minha família. Começava a tarefa, porém logo me sentia desanimado e a largava desinteressado. E uma outra idéia magnífica jorrava de meu espírito, para ter o fim de sempre. Embora o fato se repetisse constantemente, não havia, em minha casa, comentários a respeito. Em certo dia de verão, meu pai, que lia o seu jornal na varanda, chamou-me. Estava com uma lente na mão e me disse: - Preste atenção e irá ver uma coisa muito interessante. É uma experiência... Com o sol incidindo na lente, passeava o foco de luz pela folha do jornal, porém nada acontecia. Eu estava intrigado. Então ele deteve o movimento e manteve o ponto de luz imóvel por algum tempo, focalizando os raios solares. Dentro de poucos segundos o papel se incendiou e surgiu ali um furo. Escusado é dizer que aquilo me fascinou, mas não entendi logo o significado da experiência. Então meu pai me explicou: - Meu filho, este princípio se aplica a tudo que fazemos. Para alcançarmos qualquer êxito na vida é indispensável concentrar todos os nossos esforços na tarefa do momento. É como a concentração dos raios do sol filtrados pela lente. Enquanto ela percorreu às tontas a folha do jornal nada aconteceu. Mas quando se deteve, você viu o furo provocado. Tudo questão de paciência, tempo e concentração. Às vezes, quando estamos prestes a desistir, aparece-nos a solução do problema, justamente como no caso do furo no papel. Desse incidente me recordei inúmeras vezes em minha vida, o que me deu sempre muita coragem para perseverar até o fim.
MENSAGEM DO DIA 31/08/07
Dia do aniversário do Lukinha (meu filho mais novo).

Calar a Discórdia

A harmonia plena ainda constitui um sonho distante de qualquer organização humana. Os homens guardam grandes diferenças entre si. Diversos fatores induzem a distintas formas de entender e viver a vida. A educação recebida no lar, as experiências profissionais e afetivas, os professores e os amigos. Todos esses elementos contribuem para a singularidade da personalidade humana. A diversidade produz a riqueza. Se todos os homens pensassem do mesmo modo, o marasmo e a mesmice tomariam conta do mundo. Uma assembléia ou equipe composta de forma heterogênea possui grande potencial. Ocorre que conviver em harmonia com o diferente pressupõe maturidade. Em qualquer gênero de relacionamento humano, é necessário respeitar o próximo. Mas é preciso também manter o foco em um objetivo maior. Toda associação humana possui uma finalidade. No âmbito profissional, busca-se o crescimento da empresa na qual se participa. Na esfera familiar, colima-se a educação e o preparo de seus membros para a vida, em um contexto de dignidade. Em uma associação filantrópica, tem-se por meta a prática do bem. A noção clara do objetivo que se persegue facilita a convivência. O fato de alguém discordar de suas idéias não significa que esteja contra você. O relevante é verificar qual o modo mais eficiente de atingir a meta almejada pelo grupo. A convivência humana raramente deixa de produzir algum atrito. Mas é preciso saber calar a discórdia. Se o embate de idéias e posições não é ruim, a agressividade e o radicalismo sempre o são. Pense sobre as instituições que você integra. Sua presença em tais ambientes visa ao interesse coletivo, ou à exaltação de seu ego? É melhor afastar-se delas do que, por mesquinharia, ser causa de desestabilização e brigas. Mas o ideal é aprender a sacrificar seu interesse pessoal em prol de uma causa maior. Se uma controvérsia surge, reflita com serenidade sobre os pontos de vista envolvidos. Caso sua posição não seja defensável, abdique dela. Procure ser um elemento pacificador nos meios em que se movimenta. Há pouca coisa tão cansativa quanto um altercador contumaz. Certas posturas são toleráveis apenas em pessoas muito jovens. Na maturidade, a rebeldia e a vaidade sistemáticas são ridículas. Não canse seus semelhantes, com posições inflexíveis e injustificáveis. Aprenda a ceder e a compatibilizar, quando isso não comprometer sua honestidade e sua ética. De que lhe adianta vencer um debate, se a causa que você defende sofre com isso? O homem sábio identifica quando deve avançar e quando deve recuar. Mas sempre o faz de forma sincera e digna. De nada adianta afetar concordância e semear a discórdia nos bastidores. A dissimulação e a intriga são indignas de uma pessoa honrada. Reflita sobre isso, quando se vir envolvido em debates e contendas. Quando se engajar em uma causa, sirva-a com desinteresse. Jamais se permita servir-se dela para aparecer. Mas principalmente nunca a prejudique por radicalismo e imaturidade.

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

MENSAGEM DO DIA 23/08/2007

A Primeira Rúpia

Nas distantes terras do Paquistão, há muitos anos, vivia um honrado mercador, chamado Krivá, viúvo e que tinha apenas um filho de nome Samuya. Krivá, um homem trabalhador, gozava de alto prestígio na comunidade, enquanto seu filho, o jovem Samuya, era leviano, preguiçoso e de péssimo comportamento. Rara era a semana em que este não praticava uma desordem que agitava todo o vilarejo, desgostando o coração de seu bondoso pai. Um dia, ao cair da tarde, Samuya foi chamado pelo pai para uma conversa. Deitado no leito, Krivá recebeu o filho e disse-lhe ter pleno conhecimento de seus vícios e equívocos. Afirmou que, por essa razão, decidira deserdá-lo, uma vez que a fortuna que possuía seria, por certo, dilapidada em festas e orgias quando caíssem nas mãos de Samuya. Diante do espanto que invadiu o filho, Krivá acrescentou que lhe oferecia uma última e única oportunidade para continuar sendo seu herdeiro. Seu filho teria que conseguir, com o seu próprio trabalho, no prazo de três dias, uma rúpia, a moeda corrente. Se assim agisse, seria o único herdeiro da fortuna de seu pai, mas se falhasse, depois da morte deste, seria atirado à miséria e à indigência. Certo de que seu pai, homem de palavra como era, cumpriria sua promessa, Samuya ficou apreensivo. Na presença dos amigos equivocados, porém, foi seduzido pela idéia de iludir o pai, uma vez que lhe emprestaram uma rúpia e sugeriram-lhe que mentisse. No dia seguinte, ao cair da tarde, Samuya apresentou-se diante do pai e entregou-lhe a rúpia que lhe haviam emprestado, dizendo que a ganhara trabalhando. Após segurá-la por alguns instantes, Krivá disse que aquela moeda não havia sido ganha com o seu trabalho, jogando-a ao fogo. Esmagado pela verdade, Samuya retirou-se em silêncio. No dia seguinte, novamente orientado pelos companheiros de vícios, Samuya apresentou-se diante do pai, sujo e mal-vestido, fingindo ter trabalhado o dia todo e trazendo nas mãos outra rúpia que lhe havia sido emprestada pelos amigos. Outra vez Krivá disse que aquela moeda não havia sido fruto do trabalho do filho, atirando-a ao fogo. Samuya não protestou e, humilhado, retirou-se. Na manhã seguinte, consciente de que havia errado por duas vezes consecutivas, fugiu da companhia dos amigos e decidiu procurar por trabalho. Abandonando a costumeira preguiça, passou o dia auxiliando todos aqueles que encontrava. Trabalhou no período da manhã na colheita da juta e amassando barro para um oleiro. À tarde conseguiu trabalhar no mercado, vendendo ervas aromáticas e, depois, junto ao rio, auxiliou no transporte de pessoas, remando por várias horas. Ao final do dia, quando se apresentou perante o pai, muito cansado, tinha em suas mãos a primeira rúpia que conseguira trabalhando duramente. Mais importante, porém, do que a moeda que trazia nas mãos, era o bem-estar que sentia no íntimo, satisfeito com seu próprio esforço e com a mudança de conduta que percebia em si mesmo. Ao entregar a moeda ao pai, porém, este disse que ela não era fruto de seu trabalho e ia atirá-la ao fogo, o que gerou um incontido protesto de Samuya. Krivá, então, sorriu e disse que isso era a prova de que a moeda era fruto do trabalho do rapaz Pois nas outras vezes Samuya nada havia dito e desta vez protestara, porque aprendera que o dinheiro ganho com o trabalho não deve ser atirado como palha sem valor, ao fogo do desperdício.