quarta-feira, 14 de maio de 2008

Mensagem do dia 16/05/2008

A Arte de Ensinar

Dia desses um garoto de oito anos contava para a mãe suas experiências na sala de aula. Comentava sobre cada professor, sua maneira de ser e de transmitir ensinamentos. Dizia que gostava muito das aulas de uma determinada professora, embora não gostasse muito da matéria. Comentava, ainda, que detestava ter que assistir as aulas de sua matéria preferida porque não gostava da professora. Dizia, com a franqueza que a inocência infantil permite: "a professora de história está sempre de mau humor. Ela grita com a gente por qualquer motivo e nunca sorri." "Quando passa uma lição e algum aluno não faz exatamente como ela mandou, faz um escândalo. Todos os alunos têm medo dela." "Já a professora de português está sempre sorrindo. Brinca com a turma e só chama atenção quando alguém está atrapalhando a aula. Eu até fiz uma brincadeira com ela um dia desses, e ela riu muito." Depois de ouvir atentamente, a mãe lhe perguntou: "e por que você não gosta das aulas de religião, filho?" Ah, falou o menino, o professor é grosseiro e cínico. Critica todos os alunos que têm crença diferente da dele e diz que estão errados sempre que não respondem o que ele quer ouvir. E, antes de sair para suas costumeiras aventuras com os colegas, o garoto acrescentou: "agora eu sei que, por mais complicada que seja a matéria, o que faz diferença mesmo, é o professor." De uma conversa entre mãe e filho, aparentemente sem muita importância, podemos retirar sérias advertências. E uma delas é a responsabilidade que pesa sobre os ombros daqueles que se candidatam a ensinar. Muitos se esquecem de que estão exercendo grande influência sobre as mentes infantis que lhes são confiadas por pais desejosos de formar cidadãos nobres. Talvez pensando mais no salário do que na nobreza da profissão, alguns tratam os pequenos como se fossem culpados por terem que passar longas horas numa sala de aula. Mais grave ainda, é quando se arvoram a dar aulas de religião e agridem as mentes infantis com a arrogância de que são donos da verdade, semeando no coração da criança as sementes do cepticismo. Quem aceita a abençoada missão de ensinar, deve especializar-se nessa arte de formar os caracteres dos seus educandos, muito mais do que adestrar-se em passar informações pura e simplesmente. É preciso que aqueles que se dizem professores tenham consciência de que cada criatura que passa por uma sala de aula, levará consigo, para sempre, as marcas indeléveis de suas lições. Sejam elas nobres ou não. É imprescindível que os educadores sejam realmente mestres, no verdadeiro sentido do termo. Que ensinem com sabedoria, entusiasmo e alegria. Que exemplifiquem a confiança, a paz, a amizade, o companheirismo e o respeito. E aquele que toma sobre si a elevada missão de ensinar religião, deverá estar revestido de verdadeira humildade e da mais pura fraternidade, a fim de colocar Deus acima de qualquer bandeira religiosa. Deverá religar a criatura ao seu Criador, independente da religião que esta professe, sem personalismo e sem o sectarismo deprimente, que infelicita os seres e os afasta de Deus. Por fim, todo professor deverá ter sempre em mente que a sua profissão é uma das mais nobres, porque é a grande responsável por iluminar consciências e formar cidadãos de bem.


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Mestre verdadeiro é aquele que ajuda a esculpir nas almas as mais belas lições de sabedoria. Verdadeiro professor é aquele que toma das mãos do homem, ainda criança, e o conduz pela estrada segura da honestidade e da honradez. O verdadeiro mestre é aquele que segue à frente, sinalizando a estrada com os próprios passos, com o exemplo do otimismo e da esperança.
Mensagem do dia 18/05/2008

Gestos Que Salvam Vidas
A chuva caía fina e gélida na tarde quieta. Longe, na estrada, um carro parou. Era pequeno e meio velho. Um rapaz saltou, levantou o capô e se pôs a mexer em tudo que viu. O fazendeiro, de onde estava, pensou: "coitado. Pelo jeito, não entende de mecânica." Vestiu sua capa de chuva e caminhou até a estrada. O jovem estava muito nervoso, mexia no carro, voltava, tentava dar a partida, passava as mãos pelos cabelos. "Quer ajuda?" O rapaz parecia preste a chorar. "É a bobina." - diagnosticou o fazendeiro, depois de uma boa olhada. Buscou seu cavalo, rebocou o carro até o seu celeiro e com seu próprio carro, foi à cidade comprar uma bobina nova. Estranhou que, ao chegar à loja, o rapaz não quisesse entrar. Deu-lhe o dinheiro necessário e disse que tinha vergonha, por estar molhado. Algum tempo depois com o carro funcionando, pronto para partir, a esposa do fazendeiro insiste para que fique para o jantar. Não era hábito convidar estranhos para adentrar a casa. Contudo, aquele rapaz parecia aflito, meio perdido. Poderia, talvez ser seu filho. Ele quase não comeu. Continuava preocupado, ansioso. A chuva se fez mais forte. O casal preparou o quarto de hóspedes e pediu que ficasse. Na manhã seguinte, suas roupas estavam secas e passadas. Ele se mostrava menos inquieto. Alimentou-se bem e despediu-se. Quando pegou a estrada, aconteceu uma coisa estranha. Ele tomou a direção oposta da que seguia na noite anterior. Isto é, voltou para a capital. O casal concluiu que ele se confundira na estrada. O tempo passou. Os dias se transformaram em semanas, meses e anos. Então, chegou uma carta endereçada ao fazendeiro: "Sr. Mcdonald, "Não imagino que o senhor se lembre do jovem a quem ajudou, anos atrás, quando o carro dele quebrou. "Imagine que, naquela noite, eu estava fugindo. Eu tinha no carro uma grande soma de dinheiro que roubara de meu patrão. "Sabia que tinha cometido um erro terrível, esquecendo os bons ensinamentos de meus pais. "Mas o senhor e sua mulher foram muito bons para mim. Naquela noite, em sua casa, comecei a ver como estava errado. "Antes de amanhecer, tomei uma decisão. No dia seguinte, voltei ao meu emprego e confessei o que fizera. "Devolvi todo o dinheiro ao meu patrão e lhe implorei perdão. "Ele podia ter me mandado para a prisão. Mas, por ser um homem bom, me devolveu o emprego. Nunca mais me desviei do bom caminho. "Estou casado. Tenho uma esposa adorável e duas lindas crianças. "Trabalhei bastante. "Não sou rico, mas estou numa boa situação. "Poderia lhe recompensar generosamente pelo que o senhor fez por mim naquela noite. Mas não acredito que o senhor queira isso. "Então resolvi criar um fundo para ajudar outras pessoas que cometeram o mesmo erro que eu. Desta forma, acredito poder pagar pelo meu erro. "Que Deus o abençoe, senhor, e a sua bondosa esposa, que me ajudou ainda mais do que o senhor sabia." Enquanto o casal lia, os olhos se encheram de lágrimas. Quando acabaram, a esposa colocou a carta sobre a mesa e citou versículos do capítulo 25 do Evangelho de Mateus: "Era peregrino, e me recolheste. Tive fome e me destes de comer. Tive sede e me destes de beber. "Estava nu, e me vestistes. Estava enfermo e me visitastes. "Estava no cárcere e me fostes ver. "Em verdade, todas as vezes que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, a mim o fizestes."