quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Mnesagem do dia 14/08/2009

A opção da simplicidade

Muitas pessoas reclamam da correria de suas vidas. Acham que têm compromissos demais e culpam a complexidade do mundo moderno. Entretanto, inúmeras delas multiplicam suas tarefas sem real necessidade. Viver com simplicidade é uma opção que se faz. Muitas das coisas consideradas imprescindíveis à vida, na realidade, são supérfluas. A rigor, enquanto buscam coisas, as criaturas se esquecem da vida em si. Angustiadas por múltiplos compromissos, não refletem sobre sua realidade íntima. Olvidam do que gostam, não pensam no que lhes traz paz, enquanto sufocam em buscas vãs. De que adianta ganhar o mundo e perder-se a si próprio? Se a criatura não tomar cuidado, ter e parecer podem tomar o lugar do ser. Ninguém necessita trocar de carro constantemente, ter incontáveis sapatos, sair todo final de semana. É possível reduzir a própria agitação, conter o consumismo e redescobrir a simplicidade. O simples é aquele que não simula ser o que não é, que não dá demasiada importância a sua imagem, ao que os outros dizem ou pensam dele. A pessoa simples não calcula os resultados de cada gesto, não tem artimanhas e nem segundas intenções. Ela experiencia a alegria de ser, apenas. Não se trata de levar uma vida inconsciente, mas de reencontrar a própria infância. Mas uma infância como virtude, não como estágio da vida. Uma infância que não se angustia com as dúvidas de quem ainda tem tudo por fazer e conhecer. A simplicidade não ignora, apenas aprendeu a valorizar o essencial. Os pequenos prazeres da vida, uma conversa interessante, olhar as estrelas, andar de mãos dadas, tomar sorvete... Tudo isso compõe a simplicidade do existir. Não é necessário ter muito dinheiro ou ser importante para ser feliz. Mas é difícil ter felicidade sem tempo para fazer o que se gosta. Não há nada de errado com o dinheiro ou o sucesso. É bom e importante trabalhar, estudar e aperfeiçoar-se. Progredir sempre é uma necessidade humana. Mas isso não implica viver angustiado, enquanto se tenta dar cabo de infinitas atividades.

Se o preço do sucesso for ausência de paz, talvez ele não valha a pena. As coisas sempre ficam para trás, mais cedo ou mais tarde. Mas há tesouros imateriais que jamais se esgotam. As amizades genuínas, um amor cultivado, a serenidade e a paz de espírito são alguns deles. Preste atenção em como você gasta seu tempo. Analise as coisas que valoriza e veja se muitas delas não são apenas um peso desnecessário em sua existência. Experimente desapegar-se dos excessos. Ao optar pela simplicidade, talvez redescubra a alegria de viver. Pense nisso.
Mnesagem do dia 14/08/2009

A opção da simplicidade

Muitas pessoas reclamam da correria de suas vidas. Acham que têm compromissos demais e culpam a complexidade do mundo moderno. Entretanto, inúmeras delas multiplicam suas tarefas sem real necessidade. Viver com simplicidade é uma opção que se faz. Muitas das coisas consideradas imprescindíveis à vida, na realidade, são supérfluas. A rigor, enquanto buscam coisas, as criaturas se esquecem da vida em si. Angustiadas por múltiplos compromissos, não refletem sobre sua realidade íntima. Olvidam do que gostam, não pensam no que lhes traz paz, enquanto sufocam em buscas vãs. De que adianta ganhar o mundo e perder-se a si próprio? Se a criatura não tomar cuidado, ter e parecer podem tomar o lugar do ser. Ninguém necessita trocar de carro constantemente, ter incontáveis sapatos, sair todo final de semana. É possível reduzir a própria agitação, conter o consumismo e redescobrir a simplicidade. O simples é aquele que não simula ser o que não é, que não dá demasiada importância a sua imagem, ao que os outros dizem ou pensam dele. A pessoa simples não calcula os resultados de cada gesto, não tem artimanhas e nem segundas intenções. Ela experiencia a alegria de ser, apenas. Não se trata de levar uma vida inconsciente, mas de reencontrar a própria infância. Mas uma infância como virtude, não como estágio da vida. Uma infância que não se angustia com as dúvidas de quem ainda tem tudo por fazer e conhecer. A simplicidade não ignora, apenas aprendeu a valorizar o essencial. Os pequenos prazeres da vida, uma conversa interessante, olhar as estrelas, andar de mãos dadas, tomar sorvete... Tudo isso compõe a simplicidade do existir. Não é necessário ter muito dinheiro ou ser importante para ser feliz. Mas é difícil ter felicidade sem tempo para fazer o que se gosta. Não há nada de errado com o dinheiro ou o sucesso. É bom e importante trabalhar, estudar e aperfeiçoar-se. Progredir sempre é uma necessidade humana. Mas isso não implica viver angustiado, enquanto se tenta dar cabo de infinitas atividades.

Se o preço do sucesso for ausência de paz, talvez ele não valha a pena. As coisas sempre ficam para trás, mais cedo ou mais tarde. Mas há tesouros imateriais que jamais se esgotam. As amizades genuínas, um amor cultivado, a serenidade e a paz de espírito são alguns deles. Preste atenção em como você gasta seu tempo. Analise as coisas que valoriza e veja se muitas delas não são apenas um peso desnecessário em sua existência. Experimente desapegar-se dos excessos. Ao optar pela simplicidade, talvez redescubra a alegria de viver. Pense nisso.
Mensagem do dia 13/08/2009

A vingança

Você considera a vingança como um ato de coragem ou de covardia? Algumas pessoas acreditam que a vingança é uma demonstração de grande coragem. Afinal de contas não se pode tolerar uma afronta sem se rebaixar. Pensam que a tolerância e a indulgência seriam prova de fraqueza ou de covardia. Todavia, temos de convir que o ato de vingar-se jamais constitui prova de coragem. Geralmente, quando buscamos revidar uma ofensa o fazemos movidos pelo medo do agressor ou da opinião pública. Não importa que a nossa consciência nos acuse de covardia ou indignidade, o que nos interessa é que a sociedade não nos julgue assim. O mesmo não ocorre com relação ao ato de perdoar. O perdão, sim, exige do ofendido muita coragem e dignidade. Enquanto a vingança é uma ladeira fácil de descer, o perdão é uma ladeira difícil de subir. Algumas pessoas costumam enfrentar corajosamente os mais graves perigos, mas sentem-se impotentes para tolerar uma pequena ofensa. Escalam, com ousadia, altas montanhas, saltam de pára-quedas desafiando as alturas, enfrentam animais ferozes, aceitam os desafios do trânsito, navegam em mar revolto com bravura, mas não conseguem suportar um mínimo golpe da injustiça. Dão grande prova de coragem em alguns pontos, mas não relevam a investida da ingratidão, da calúnia, do cinismo, da falsidade, da infidelidade. Realmente fortes são aqueles que conseguem conter-se diante de uma agressão. A verdadeira fortaleza está nas almas que não se descontrolam quando são ofendidas. Que não se impacientam quando são incomodadas. Que não se perturbam, quando são incompreendidas. Que não se queixam, quando são prejudicadas. Verdadeira coragem é aquela de que o cristo nos deu o exemplo. Ele sofreu a ingratidão daqueles a quem havia ajudado, enfrentou o cinismo dos agressores, foi ultrajado, caluniado, cuspiram-Lhe no rosto e O crucificaram, e Ele tomou uma única atitude: a do perdão. Por várias vezes, em sua passagem pela terra, o Homem de Nazaré teve motivos de sobra para revidar ofensas, mas sempre optou pela dignidade de calar-se. Diante das agressões recebidas, o Meigo Rabi da Galiléia passava lições grandiosas, como aconteceu com soldado que O esbofeteou quando estava de mãos amarradas. Sem perder a serenidade habitual, o cristo olhou-o nos olhos e lhe perguntou: "se eu errei, aponta meu erro, mas se não errei, por que me bates?" Essa é a atitude de uma alma verdadeiramente grande. Pense nisso! Se Jesus tivesse parado em meio à caminhada do Gólgota, largado a cruz injusta do suplício, para se voltar contra Seus agressores e exercer sobre eles o direito de vingança, certamente não teria passado à posteridade como Modelo de perfeição e de amor. Pense nisso!
Mensagem do dia 12/08/2009

Papai não morreu

Aquele fora um dia diferente... A tarde caía rápida e fria e o vento na folhagem amarelada anunciava que a chegada do inverno estava próxima. Mateus, era um garoto de dez anos e se acostumara às alegrias descontraídas de sua pequena família, composta pelos pais e uma irmã mais nova que com ele compartilhava das brincadeiras infantis. Mas a vida nem sempre nos reserva surpresas agradáveis. Era isso que Mateus descobrira naquele dia em que contemplava o corpo do pai, a quem tanto amava, estendido num caixão sobre a mesa. Todos enxugavam o pranto, mas ele tinha nos olhos grossas lágrimas que se recusavam a cair. Nunca havia experimentado um sentimento igual. Era como se algo dentro do seu coraçãozinho tivesse se partido em mil pedaços. O enterro foi consumado... A vida deveria seguir seu curso, mas em seu lar faltava alguém. Faltava a figura respeitável do pai amado. Sobrava um lugar à mesa. Sobrava o pedaço de frango predileto do papai. O pudim se demorava na geladeira. E Mateus pensava em como suportaria tanta amargura e saudade. No entanto, a volta às aulas, às brincadeiras com a irmã, os piqueniques, as tardes no parque, trouxeram novo alento ao seu coração juvenil. Um dia, a visita de uma amiga da família trouxe de volta as lembranças tristes. A mãe falava da falta que sentia do companheiro. Dizia que a saudade lhe acompanhava de perto e que era difícil a vida depois que o marido morrera. E Mateus que, não muito longe escutava a conversa das amigas, aproximou-se e disse com a segurança de quem tem certeza: - Mamãe, você disse que o papai morreu, mas eu asseguro que isso não é verdade. A mãe olhou-o com ternura e desejando consolá-lo, disse: - Sim filho, o papai vive além da cortina que nos separa dele momentaneamente. - Não, mamãe! O papai vive e viverá para sempre. - Ele vive em mim através de tudo o que me ensinou... - Quando sou obediente, eu o sinto em minha intimidade porque foi ele quem me ensinou a obedecer. - Quando sou honesto, lembro-me das muitas vezes que ele enalteceu a honestidade. - Quando perdôo meus amigos, quase o ouço dizer: "filho, quem perdoa não adoece porque não guarda o lixo da mágoa na intimidade. - Quando sinto que a inveja deseja instalar-se em minha alma, lembro-me de ter ouvido de seus lábios: "a inveja é um ácido corrosivo que prejudica quem a alimenta." - E quando, por fim, meu coração se enche de saudade e penso que não mais a suportarei, uma suave brisa perpassa meu ser e ouço sua voz falando baixinho: "filho, eu estou ao seu lado, não duvide". - E é assim, mãezinha, que eu sei que papai não morreu. Sinto que ele continua vivo, não somente atrás da cortina que temporariamente nos separa, mas também através da herança de amor que legou a todos nós. Pense nisso! Quem deseja plantar apenas por alguns dias, planta flores... Quem deseja plantar para alguns anos ou séculos, planta árvores. Mas quem quer plantar para a eternidade, planta idéias nobres nos corações daqueles a quem ama. Pense nisso!

sábado, 8 de agosto de 2009

Mensagem do dia 09/08/2009 (Hoje: Dia dos Pais)

Os pais envelhecem

Talvez a mais rica, forte e profunda experiência da caminhada humana seja a de ter um filho. Plena de emoções, por vezes angustiante, ser pai ou mãe é provar os limites que constituem o sal e o mel do ato de amar alguém. Quando nascem, os filhos comovem por sua fragilidade, seus imensos olhos, sua inocência e graça. Basta vê-los para que o coração se alargue em riso e cor. Um sorriso é capaz de abrir as portas de um paraíso. Eles chegam à nossa vida com promessas de amor incondicional. Dependem de nosso amor, dos cuidados que temos. E retribuem com gestos que enternecem. Mas os anos passam e os filhos crescem. Escolhem seus próprios caminhos, parceiros e profissões. Trilham novos rumos, afastam-se da matriz. O tempo se encarrega da formação de novas famílias. Os netos nascem. Envelhecemos. E então algo começa a mudar. Os filhos já não têm pelos pais aquela atitude de antes. Parece que agora só os ouvem para fazer críticas, reclamar, apontar falhas. Já não brilha mais nos olhos deles aquela admiração da infância e isso é uma dor imensa para os pais. Por mais que disfarcem, todo pai e mãe percebe as mínimas faíscas no olho de um filho. É quando pais idosos, dizem para si mesmos: Que fiz eu? Por que o encanto acabou? Por que meu filho já não me tem como seu herói particular? Apenas passaram-se alguns anos e parece que foram esquecidos os cuidados e a sabedoria que antes era referência para tudo na vida. Aos poucos, a atitude dos filhos se torna cada vez mas impertinente. Praticamente não ouvem mais os conselhos. A cada dia demonstram mais impaciência. Acham que os pais têm opiniões superadas, antigas. Pior é quando implicam com as manias, os hábitos antigos, as velhas músicas. E tentam fazer os velhos pais se adaptarem aos novos tempos, aos novos costumes. Quanto mais envelhecem os pais, mais os filhos assumem o controle. Quando eles estão bem idosos, já não decidem o que querem fazer ou o que desejam comer e beber. Raramente são ouvidos quando tentam fazer algo diferente. Passeios, comida, roupas, médicos - tudo passa a ser decidido pelos filhos. E, no entanto, os pais estão apenas idosos. Mas continuam em plena posse da mente. Por que então desrespeitá-los? Por que tratá-los como se fossem inúteis ou crianças sem discernimento? Sim, é o que a maioria dos filhos faz. Dá ordens aos pais, trata-os como se não tivessem opinião ou capacidade de decisão. E, no entanto, no fundo daqueles olhos cercados de rugas, há tanto amor. Naquelas mãos trêmulas, há sempre um gesto que abençoa, acaricia. * * * A cada dia que nasce, lembre-se, está mais perto o dia da separação. Um dia, o velho pai já não estará aqui. O cheiro familiar da mãe estará ausente. As roupas favoritas para sempre dobradas sobre a cama, os chinelos em um canto qualquer da casa. Então, valorize o tempo de agora com os pais idosos. Paciência com eles quando se recusam a tomar os remédios, quando falam interminavelmente sobre doenças, quando se queixam de tudo. Abrace-os apenas, enxugue as lágrimas deles, ouça as histórias (mesmo que sejam repetidas) e dê-lhes atenção, afeto... Acredite: dentro daquele velho coração brotarão todas as flores da esperança e da alegria.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Mensagem do dia 06/08/2009


Guardados
Dia desses, conversando com um amigo, ele nos confidenciou a sua mania de guardar caixinhas. Ao lhe perguntarmos o porquê, ele não soube nos dizer. Simplesmente afirmou que as guarda. Caixas grandes, pequenas, médias, de todos os tamanhos. Sóbrias, coloridas. Nacionais, internacionais. Ouvindo-o falar, recordamos de como guardamos coisas sem utilidade. São vestimentas e utensílios que nos lembram alguma ocasião especial e que nunca serão utilizados. Quinquilharias que entulham gavetas, como se portas adentro do lar erigíssemos um museu. Colecionamos jóias caras, que usamos esporadicamente, quando o fazemos, pois que tememos o roubo e o furto. Guardamo-las em cofres hermeticamente fechados. Nossos valores. Heranças. Mimos exclusivos. E contudo, todos sabemos que tais valores passam, não são imperecíveis. Para nós, terão a exata durabilidade de uma vida, pois que em partindo para a Pátria Espiritual, não os poderemos levar conosco. Assim sendo, seria muito mais produtivo para os nossos Espíritos, que começássemos uma campanha para angariar e guardar legítimos valores. Conquistas pessoais, virtudes. E os nossos guardados materiais os poderíamos utilizar a benefício dos sofredores, dos carentes. Tantas vezes lemos e relemos os ditos do Senhor que nos falam dos tesouros perecíveis do Mundo, que a traça corrói e os ladrões roubam. Valores que poderão ser consumidos, furtados, corroídos. Mas, mesmo assim, continuamos a manter os nossos guardados inúteis, na mesma medida em que afirmamos não dispor de recursos para atender a miséria que campeia no Mundo. Armazenemos alegrias para distribuí-las com os desalentados. Colecionemos sorrisos para espalhá-los pelos caminhos, como respingos de bondade. Guardemos ternura, ofertando-a aos que convivem ao nosso redor, nesses dias de tanta indiferença e frieza. Guardemos as palavras libertadoras do Evangelho de Jesus na mente e no coração, a fim de que nos libertemos, iluminando-nos. Fazendo amigos com os recursos que movimentarmos no Mundo, promoveremos alegrias e alevantaremos muitas vidas. Guardados no amor de Deus, que nos sustenta a existência, guardemo-nos nós mesmos na fé e no trabalho, dando em cada hora o melhor dos nossos empenhos, em nome do amor ao próximo. Ao final da jornada, verificaremos que os cofres de nossa alma estarão plenificados de bênçãos, pela oportunidade inigualável que tivemos de praticar o bem, enquanto no caminho dos homens. * * * Os bens que transitam no mundo não constituem verdadeira posse, mas somente empréstimo temporário. O bem que se faz sempre é triunfo para o próprio coração.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Mensagem do dia 04/09/2009

A fuga

Num deste dias agitados, em que se tem mil coisas diferentes para fazer, encontramos Justin, o filho de quatro anos de idade de um jovem casal. O garoto não parava de fazer bagunça, e depois de ouvir seu pai pedir por várias vezes para que sossegasse um pouco, acabou ficando de castigo no canto da sala. Justin chorou, esperneou, emburrou e finalmente disse: "vou fugir de casa." A primeira reação da mãe foi de surpresa que, irritada, falou: "ah, vai?" Quando ela virou-se e o olhou, ele parecia um anjo, tão pequeno, encolhido ali no canto, com um ar tão triste... Ela decidiu largar tudo que estava fazendo e parou. Com o coração partido, ela lembrou-se de uma passagem de sua própria infância, quando ela também quis fugir de casa porque se sentia rejeitada e incompreendida. Ela sabia que ao anunciar "vou fugir da casa", Justin estava dizendo: "por favor, prestem mais atenção em mim. Eu também sou importante. Por favor, façam com que eu me sinta desejado e amado incondicionalmente." "Tudo bem, Justin, você vai poder fugir de casa", falou a mãe baixinho para ele, enquanto começava a pegar umas roupas em seu armário e colocar numa sacola. "Mamãe", ele perguntou, "o que você está fazendo?" Ela assim respondeu: "se você vai fugir de casa, então mamãe vai com você, porque não quero ver você sozinho nunca. Gosto muito de você, Justin." Ela então o abraçou, e ele perguntou, surpreso: "por que você quer ir comigo?" Ela olhou-o com carinho e disse: "porque eu gosto muito de você e vou ficar muito, muito triste se você for embora. E também quero tomar conta de você para que nada de mal aconteça." "Papai também pode ir?" - perguntou ele, com uma voz acanhada. "Não, papai tem que ficar com seus irmãos, e papai tem de trabalhar e tomar conta da casa quando nós não estivermos aqui." "O meu hamster pode ir?" "Não, ele também tem que ficar aqui." Justin parou um instante para pensar e disse: "mamãe, podemos ficar em casa?" "Claro, Justin, podemos ficar em casa." "Mamãe." - disse ele suavemente. "O que é Justin?" "Eu amo você." "Eu amo você também, querido, muito, muito, muito. Que tal me ajudar a fazer pipoca?" "Oba! Tudo bem." - e lá se foi Justin com sua mãe. Naquele instante ela se deu conta da maravilhosa dádiva que é ser mãe. De como somos fundamentais quando levamos a sério a responsabilidade sagrada de ajudar uma criança a desenvolver o sentido de segurança e o amor-próprio. Abraçando Justin, ela percebeu que em seus braços tinha o tesouro inestimável da infância, uma pessoinha que dependia do amor e segurança que recebesse, do atendimento de suas necessidades, do reconhecimento de suas características únicas para tornar-se um adulto feliz. Ela aprendeu que, como mãe, jamais deve "fugir" da oportunidade de mostrar aos seus filhos que eles são amados, desejados e importantes - o presente mais precioso que Deus lhe deu. *** Não te poupes esforços na educação dos filhos. Os pais assumem desde antes do berço com aqueles que receberão na condição de filhos, compromissos e deveres que devem ser exercidos, desde que serão, também, por sua vez, meios de redenção pessoal perante a consciência individual e a cósmica que rege os fenômenos da vida, nos quais todos estamos mergulhados.
Mensagem do dia 03/08/2009

A faixa preta

Depois de incansáveis anos de treinamento, um disciplinado aluno de artes marciais viu-se diante do mestre para receber a faixa preta. "Antes que lhe dê a faixa você terá de passar por um outro teste", avisou o mestre. "Estou pronto." Respondeu o aluno. "Você precisa responder a uma pergunta essencial. Qual é o verdadeiro significado da faixa preta?" O jovem respirou fundo e disse: "Ela representa o fim de minha jornada. Será uma recompensa merecida por meu bom trabalho." O mestre esperou um pouco. O jovem percebeu que o professor não estava satisfeito. O silêncio que constrangia o jovem foi quebrado por novas palavras do mestre: "Você não está pronto para receber a faixa preta. Volte daqui um ano." Desapontado o aluno partiu. Um ano depois, ajoelhou-se novamente na frente do mestre. "Qual é o verdadeiro significado da faixa preta?" - repetiu a pergunta o professor. "É o símbolo da excelência e o nível mais alto que se pode atingir em nossa arte", respondeu o jovem. O mestre permaneceu em silêncio. O aluno percebeu que outra vez sua resposta não fora satisfatória. Por fim, disse o professor: "Você ainda não está pronto para a faixa preta. Volte daqui a um ano." Resignado o aluno partiu. Um ano depois voltou a ajoelhar-se diante do mestre. Mais uma vez foi-lhe feita a pergunta: "Qual é o verdadeiro significado da faixa preta?" O aluno respirou fundo e respondeu: "A faixa preta representa o começo. É o início de uma jornada sem fim de disciplina, trabalho e busca por um padrão cada vez mais alto." O mestre sorriu e disse: "Agora você está pronto para receber a faixa preta e iniciar o seu trabalho." Estamos a caminho. Muito já percorremos. Muito já foi vencido. Quando olhamos para trás vemos os vales extensos. Os rios de correnteza inclemente. Os desfiladeiros traiçoeiros. Pântanos sombrios. São paisagens passadas. Situações superadas. Também havia na jornada campos floridos. Praias de areia alva. Árvores frondosas a oferecer-nos sombra e abrigo. São paisagens passadas. Momentos que nos enchem de saudade. Estamos a caminho. Quando olhamos para frente vemos cenários novos. Grandes surpresas nos aguardam nas curvas das estradas. Grandes dores também esperam por nós. São tantas as trilhas que se apresentam. Cada qual com uma característica especial. Algumas prometem facilidades e alegrias fugazes. Escondem armadilhas em recantos com aparência inofensiva. Outras mostram-se árduas desde o início, mas compensam os viajantes persistentes com vastos oásis de consolo e amparo. Cada estrada apresenta riscos e prêmios. Todas, porém, levam a um destino único. O tempo de viagem depende da disposição de cada peregrino. Há muito a percorrer. Estamos, ainda, a caminho.