segunda-feira, 9 de junho de 2008

Mensagem do dia 10/06/2008

O Perdão

Ela se chamava Mega e tinha uma chefe terrível. Quando Mega chegava pela manhã e falava "bom dia", a chefe respondia com uma pergunta: "por que não chegou mais cedo?" Se chegasse antes da hora, a chefe não estava lá, mas ficava sabendo e lhe perguntava se ela não sabia qual o horário do expediente, mesmo depois de trabalhar ali há tantos anos. Era uma mulher má. Implicava com tudo. Até que um dia Mega se cansou e decidiu se demitir. "Vou sair, mas antes vou dizer tudo o que tenho vontade", foi o que pensou. Exatamente naquele dia ela estava almoçando quando encontrou a dra. Casarjian que a convidou para assistir a um treinamento, naquela tarde. "Não posso", foi a sua resposta. "tenho expediente a cumprir." "Por que não?" Mega falou sobre a chefe que vivia implicando com ela e a dra. Casarjian lembrou que pior a situação não poderia ficar. Além do que, se a chefe lhe desse uma bronca por faltar ao trabalho, naquela tarde, ao menos teria motivo. Mega lembrou que no dia seguinte iria se demitir, por isso resolveu ir ao encontro. Ali ouviu referências a respeito do perdão. "O perdão é bom para você", falava a Dra. "Se você perdoar alguém que o ofendeu ele continua do mesmo jeito mas você se sentirá bem."

"Se você perdoar o mentiroso, ele continuará mentiroso mas você não se sentirá mal por causa das mentiras dele." Ao final do treinamento, Mega concluiu que a sua chefe estava muito doente e tirou-a da cabeça. No dia seguinte, tomou uma resolução: "não vou deixar que ela me atormente mais. E nem vou abandonar o trabalho que eu gosto." Mega chegou e cumprimentou: "olá." A chefe foi logo lhe perguntando o que tinha acontecido. Ela estava diferente. Mega falou que havia participado de um treinamento e que estava bem consigo mesma e até convidou a chefe para tomar chá, ao final da tarde. A reação veio logo: "você está me convidando só para eu não reclamar de você?" "Pode reclamar, até mandar descontar as minhas horas. Mas eu insisto no chá." E foram. Durante o chá, a chefe falou da sua surpresa em ter sido convidada para aquele chá. Ela sabia que era intratável. Também falou da sua emoção. Nunca ninguém a convidara para um lanche, um café. Acabou por falar das suas dores. O marido lhe batia, o filho vivia no mundo das drogas. Por isso ela odiava as pessoas. Era infeliz e agredia. Semanas depois, era a própria chefe que comparecia ao novo treinamento da Dra. Casarjian a respeito do perdão.


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Perdoar é libertar-se. Aquele que agride é sempre alguém a um passo do desequilíbrio. Aquele que persegue nem pode imaginar o quanto se encontra enfermo. Sem dúvida, a felicidade pertence sempre àquele que pode oferecer, que a possui para dar. Nosso maior exemplo é Jesus. Poderia ter reagido às agressões, mas preferiu perdoar e amar, por saber que aqueles que o afligiam eram espíritos atormentados em si mesmos. Por essa razão, dignos de perdão. E se você tiver ainda muita dificuldade para perdoar, pense que tudo passa. Passam as coisas ruins, passam as pessoas que as provocam. Só o bem permanece para sempre.
Mensagem do dia 09/06/2008

A Carne é Fraca

Quando alguém procura uma desculpa para justificar suas fraquezas, é comum ouvimos a afirmativa de que a carne é fraca. A culpa, portanto, é da carne, ou seja do corpo físico. Esse é um assunto que merece mais profundas reflexões. O alemão Hahnemann, criador da medicina homeopática, fez a seguinte afirmativa: "o corpo não dá cólera àquele que não na tem, do mesmo modo que não dá os outros vícios. Todas as virtudes e todos os vícios são inerentes ao espírito. A não ser assim, onde estariam o mérito e a responsabilidade?" Sábia consideração essa, pois encerra grandes verdades. Culpar o corpo pelas nossas fraquezas equivaleria a culpar a roupa que estamos usando por um acesso de cólera. Quando a boca de um guloso enche-se de saliva diante de um prato apetitoso, não é a comida que excita o órgão do paladar, pois sequer está em contato com ele. É o espírito, cuja sensibilidade é despertada, que atua sobre aquele órgão através do pensamento. Se uma pessoa sensível facilmente verte lágrimas, não é a abundância das lágrimas que dá a sensibilidade ao espírito, mas precisamente a sensibilidade deste que provoca a secreção abundante das lágrimas. Assim, um homem é músico não porque seu corpo seja propenso à musicalidade, mas porque seu espírito é musicista. Como podemos perceber, a ação do espírito sobre o corpo físico é tão evidente que uma violenta comoção moral pode provocar desordens orgânicas. Quando sofremos um susto, por exemplo, logo em seguida vem a sudorese, o tremor, a diarréia, etc. Outras vezes, um acesso de ira pode provocar dor de cabeça, taquicardia, e até mesmo deixar manchas roxas pelo corpo. Quanto às disposições para a preguiça, a sensualidade, a violência, a corrupção, igualmente não podem ser lançadas à conta da carne, pois são tendências radicadas no espírito imortal. Se assim fosse, seria fácil, pois não teríamos nenhuma responsabilidade pelos nossos atos, desde que, uma vez enterrado o corpo, com ele sumiriam todas as fragilidades e os equívocos cometidos. Toda responsabilidade moral dos atos da vida fica sempre por conta do espírito imortal, e não poderia ser diferente. Assim, quanto mais esclarecido for o espírito, menos desculpável se tornam as suas faltas, uma vez que com a inteligência e o senso moral nascem as noções do bem o do mal, do justo e do injusto.


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Todos nós, sem exceção, possuímos na intimidade a centelha divina, a força capaz de conter os impulsos negativos e fazer vibrar as emoções nobres que o Criador depositou em nós. Fazendo pequenos esforços conquistaremos a verdadeira liberdade, a supremacia do espírito sobre o corpo. E só então entenderemos porque Jesus afirmou: "vós sois deuses, podereis fazer o que eu faço, e muito mais."