terça-feira, 11 de novembro de 2008

Mensagem do dia 12/11/2008

Quando Tudo Parece Impossível

Você pode imaginar como seria a sua vida, se tivesse nascido sem braços? Uma pergunta para a qual talvez não tenhamos resposta, pois não ter os braços parece um desafio acima das nossas forças, já que braços e mãos são nossos instrumentos mais usados. Agora imagine você sem braços e ainda assim dirigir um carro... Mas não só isso: tocar guitarra também. Isso é impossível, você diz. Pois essa é a realidade de José Antonio Meléndez Rodríguez, conhecido como Tony Meléndez. Tony nasceu na Nicarágua e hoje é músico consagrado nos Estados Unidos, para onde se mudou com seus pais com um ano de idade, em busca de ajuda médica para corrigir um defeito num dos pés. Na gravidez, sua mãe fez uso do medicamento talidomida, o que provocou a deformidade física. Mas Tony não deixou que a falta dos braços o impedisse de viver. E viver com alegria. Jamais permitiu que a limitação física lhe tirasse o prazer de cantar. Desde muito pequeno começou a tocar algumas notas musicais com os pés e logo descobriu que poderia afinar a guitarra de forma a atender sua necessidade. Aos 18 anos Tony já tocava e cantava em eventos especiais, e fazia sucesso. Mas ele não canta, apenas. É compositor também.
Aos 25 anos, Tony teve a oportunidade de tocar sua guitarra com os pés e cantar para milhares de jovens, na presença do papa João Paulo II, na cidade de Los Ângeles, no ano de 1987. Um disco giratório junto aos pedais do veículo também foi a solução para que Tony pudesse dirigir seu próprio automóvel, fazendo uso dos pés. E é assim que Tony Meléndez supera suas limitações, fazendo o que muitos acham impossível, sempre com muito amor a Deus e a sua família: esposa e dois filhos adotivos. Numa entrevista o jornalista lhe perguntou: “como tem sido sua vida sem suas mãos?” E Tony respondeu, sempre bem-humorado: “eu não conheço as mãos, pois não as tive. Nunca tive esse dom de poder mover um dedo, de segurar um telefone, um lápis. Meus pés sempre foram meus dedos, minhas mãos”. Ao final da entrevista, o jornalista lhe perguntou: “que mensagem você daria àqueles quem têm algum problema e que estão tristes?” “Eu digo a mesma coisa para quem não tem e para quem tem tudo: não deixem a fé ir embora de seus corações, pois às vezes temos momentos em que ninguém pode nos ajudar.” E para desafiar suas próprias potencialidades, Tony escreveu um livro autobiográfico, intitulado “A gift of hoppe” (um presente de esperança), e tem vários CD´s gravados, tendo se apresentado em 28 países. Para finalizar, ouçamos alguns conselhos desse músico sem braços:

"Eu vejo uma pessoa como você que tem os braços, as pernas, que tem tudo, dizer: não posso, não posso. Sim, pode; sim, pode! Quando as pessoas me perguntam onde estão os milagres, eu sempre digo: eu vejo a mão. E quando alguém levanta a mão, para mim isso é um milagre. Por favor, não me digam que não podem, não me digam que não podem porque vocês, vocês, podem fazer muito, muito mais. Levantem-se e digam: eu quero, eu posso, eu vou seguir adiante. Há um mundo inteiro só esperando a sua mão dizer sim." ............... E, quando tudo parecer impossível, lembre-se que basta apenas dizer: “Eu quero! Eu posso, eu vou seguir adiante.”
Mensagem do dia 11/11/2008

Construindo Pontes

Conta-se que, certa vez, dois irmãos que moravam em fazendas vizinhas, separadas apenas por um riacho, entraram em conflito. Foi a primeira grande desavença em toda uma vida trabalhando lado a lado, repartindo as ferramentas e cuidando um do outro. Durante anos eles percorreram uma estrada estreita e muito comprida, que seguia ao longo do rio para, ao final de cada dia, poderem atravessá-lo e desfrutar um da companhia do outro. Apesar do cansaço, faziam a caminhada com prazer, pois se amavam. Mas agora tudo havia mudado. O que começara com um pequeno mal entendido finalmente explodiu numa troca de palavras ríspidas, seguidas por semanas de total silêncio. Numa manhã, o irmão mais velho ouviu baterem na sua porta. Ao abri-la notou um homem com uma caixa de ferramentas de carpinteiro na mão. Estou procurando trabalho- disse ele. Talvez você tenha um pequeno serviço que eu possa executar. Sim! - disse o fazendeiro - claro que tenho trabalho para você. Veja aquela fazenda além do riacho. É do meu vizinho. Na realidade, meu irmão mais novo. Nós brigamos e não posso mais suportá-lo. - Vê aquela pilha de madeira perto do celeiro? Quero que você construa uma cerca bem alta ao longo do rio para que eu não precise mais vê-lo. Acho que entendo a situação - disse o carpinteiro. Mostre-me onde estão a pá e os pregos que certamente farei um trabalho que lhe deixará satisfeito. Como precisava ir à cidade, o irmão mais velho ajudou o carpinteiro a encontrar o material e partiu. O homem trabalhou arduamente durante todo aquele dia medindo, cortando e pregando. Já anoitecia quando terminou sua obra. O fazendeiro chegou da sua viagem e seus olhos não podiam acreditar no que viam. Não havia qualquer cerca! Em vez da cerca havia uma ponte que ligava as duas margens do riacho. Era realmente um belo trabalho, mas o fazendeiro ficou enfurecido e falou: você foi muito atrevido construindo essa ponte após tudo que lhe contei. No entanto, as surpresas não haviam terminado. Ao olhar novamente para a ponte, viu seu irmão aproximando-se da outra margem, correndo com os braços abertos. Por um instante permaneceu imóvel de seu lado do rio. Mas, de repente, num só impulso, correu na direção do outro e abraçaram-se chorando no meio da ponte. O carpinteiro estava partindo com sua caixa de ferramentas quando o irmão que o contratou pediu-lhe emocionado: "espere! fique conosco mais alguns dias". E o carpinteiro respondeu: "eu adoraria ficar, mas, infelizmente, tenho muitas outras pontes para construir." E você, está precisando de um carpinteiro, ou é capaz de construir sua própria ponte para se aproximar daqueles com os quais rompeu contato?


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As pessoas que estão ao seu lado, não estão aí por acaso. Há uma razão muito especial para elas fazerem parte do seu círculo de relação. Por isso, não busque isolar-se construindo cercas que separam e infelicitam os seres. Construa pontes e busque caminhar na direção daqueles que, por ventura, estejam distanciados de você. E se a ponte da relação está um pouco frágil, ou balançando por causa dos ventos da discórdia, fortaleça-a com os laços do entendimento e da verdadeira amizade. Agindo assim, você suprirá suas carências afetivas e encontrará a paz íntima que tanto deseja.