quarta-feira, 23 de abril de 2008

ACEITO SUGESTÕES, CRÍTICAS E AJUDA
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Mensagem do dia 24/04/2008

Necessidade de Afeto

Morrie era apenas um garoto de oito anos. Seu pai era de origem russa e não sabia falar inglês. Por isso, quando chegou o telegrama, noticiando a morte da mãe, foi o próprio garoto que leu. No cemitério, ele ficou olhando jogarem terra sobre o caixão de sua mãe e acreditou que nunca mais seria feliz sobre a face da Terra. Nos dias que se seguiram, para aliviar a saudade, ele procurava lembrar os doces momentos de ternura que tivera com a mãe. Eram muito pobres. O pai mudou-se para os estados unidos fugindo do exército russo e nem sempre conseguia emprego. Por essa razão a família vivia mais da assistência pública do que dos próprios recursos. Depois da morte da mãe, o garoto e seu irmão foram mandados para uma região de muita mata. Durante o dia eles se divertiam a correr. Quando chegava a noite, Morrie ficava olhando para o pai, esperando que ele o acariciasse. Mas o homem rude não manifestava qualquer gesto de afeto. Morrie se sentia muito só. Sentia grande falta do carinho da mãe. Um ano depois, com apenas nove anos de idade, já se sentia um velho. Parecia carregar o peso do mundo nos ombros. Então uma imigrante romena, de feições singelas se casou com seu pai. Foi o abraço salvador para o pequeno. Era uma mulher de muita energia. Tinha uma aura que aquecia o lar. Se o marido produzia uma atmosfera cinza, ela transformava em claridade. Se ele fazia silêncio, ela falava. À noite, cantava para os meninos com sua voz suave, que durante o dia sabia ministrar lições. Ela cantava músicas pobres e tristes, mas os acalentava. Eva era o seu nome e desejava boa noite aos dois com um beijo para cada um. Era um momento mágico para Morrie. Ele ficava esperando aquele beijo como um pequenino animal espera o seu prato de alimento. A presença de Eva lhe dizia que ele tinha uma mãe de novo. Muitas vezes o único alimento que tinham era o pão. Mesmo assim, ela o ensinou a amar o estudo e a se preocupar com os outros. Eva considerava a instrução o único antídoto contra a pobreza. Ela aprimorava seu inglês, estudando com dedicação, à noite, enquanto os garotos, sentados à mesa da cozinha, também estudavam. Morrie cresceu e se tornou professor. Setenta anos depois, ao recordar do telegrama noticiando a morte de sua mãe, ainda sentia doer o coração, mas a lembrança de Eva lhe trazia de volta evocações ternas e doces de um tempo em que um menino assustado e carente de afeto, encontrou um colo de mãe para se aninhar e crescer em segurança.

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Deus permite que haja órfãos para que lhes sirvamos de pais. Amparar essas criaturinhas, evitando que sofram fome e frio e lhes dirigir a alma, para que não despenquem no vício, é caridade. No entanto, o mais precioso de todos os benefícios é o do amor. Nada que possa substituir uma carícia, um sorriso amistoso, uma palavra de carinho. Por isso, perguntemos à criança que nos olha, se além de pão e agasalho, ela não deseja a proteção do nosso abraço e a música da nossa voz, dizendo-lhe: gosto muito de você.



Mensagem do dia 23/04/2008

Tristeza Perigosa

Você já recebeu, alguma vez, a visita da tristeza? A tristeza, em si mesma, nem sempre deve ser encarada como um mal. Quando chega trazida pela separação de um ente caro, por exemplo, pode ocasionar uma espécie de retiro reflexivo salutar. A dor promovida pela ausência dos afetos nos leva a meditar sobre os verdadeiros valores da vida. Sobre a importância dos seres amados em nossas existências e, por vezes, nos faz mudar radicalmente nosso temperamento, para melhor. Nesse ponto, a tristeza pode se constituir em alavanca para o nosso progresso moral. Todavia, há aqueles que se deixam conduzir por uma espécie de depressão total e muito perigosa. A perda do apetite, do sono, da memória, chegando mesmo a perder totalmente a vontade de viver. Essa entrega passiva à tristeza pode desencadear conseqüências desastrosas na vida das criaturas. Um vendedor, por exemplo, que se deixa enredar nas malhas deprimentes da melancolia, pode ter sérias dificuldades para se libertar. Visitado pela tristeza, deixa de visitar seus clientes. Por essa razão, as vendas caem, e isso o deprime ainda mais. Se, ao contrário, se empenhasse mais, as vendas aumentariam e lhe trariam motivos de satisfação que o ajudariam a sair da crise. Quando a tristeza nos visita, geralmente a nossa tendência é buscar o isolamento. Ver filmes dramáticos, ouvir músicas melancólicas, lembrar de fatos deprimentes. No entanto, os profissionais da psicologia humana têm nos alertado quanto à necessidade de buscar saída para a crise com motivos que nos levantem os ânimos. Uma comédia, uma música alegre, a lembrança de momentos felizes, a busca por companhias otimistas. Quem se deixa levar passivamente pela tristeza, pode ter sérias dificuldades para sair dela. Os mais fracos buscam afogar a tristeza com uns tragos, ou em outros tipos de drogas, sem perceberem que mais se distanciam da alegria saudável. Por essa razão, se você receber a visita da tristeza, busque imediatamente motivos para não se deixar prender em seus perigosos tentáculos. A oração é um excelente antídoto contra esse e outros males. A meditação séria a respeito dos motivos que nos levaram a esse estado d’alma, também é salutar. Se nada acontece por acaso em nossas vidas, pensemos no porque dessa visita e busquemos entender o seu recado.

É possível que a tristeza nos traga a mensagem de que precisamos rever os nossos valores, pensar em como temos vivido nossos dias. E tenhamos sempre em mente que nesses dias temos que redobrar a vigilância e aumentar a atenção em tudo o que nos cerca. Buscar o amparo do Alto para superar essa ausência de alegria, antes que ela tome conta de nossa alma.


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Se te sentes sitiado pela depressão ou com os movimentos paralisados pelas malhas perigosas da melancolia, expulsa com esforço titânico as trevas que te envolvem e faze luz íntima, acendendo a lâmpada da oração sincera na mente em turbilhão.