terça-feira, 28 de julho de 2009

Mensagem do dia 28/07/2009

Renovação
A natureza nos fornece, de forma constante, excelentes lições. As estações que se sucedem nos falam da obediência a leis previamente estabelecidas pela divindade. A fauna e a flora que se submetem ao rigor do inverno, que hibernam, parecendo morrer e ressurgem aos toques da primavera, nos lecionam a perseverança na luta pela vida. Entre as aves, a águia nos traz especial lição. Ela é a ave que possui maior longevidade da espécie. Chega a viver setenta anos. Mas, para chegar a essa idade, aos quarenta anos ela tem que tomar uma séria e difícil decisão. Aos quarenta anos ela está com as unhas compridas e flexíveis e não consegue mais agarrar as suas presas das quais se alimenta. O bico alongado e pontiagudo se curva. Apontando contra o peito estão as asas, envelhecidas e pesadas em função da grossura das penas. Voar é, então, muito difícil. A águia, nessas circunstâncias, só tem duas alternativas: morrer, ou enfrentar um dolorido processo de renovação que irá durar cento e cinqüenta dias. Esse processo consiste em voar para o alto de uma montanha e se recolher em um ninho próximo a um paredão, onde ela não necessite voar. Após encontrar esse lugar, a águia começa a bater com o bico em uma parede até conseguir arrancá-lo. Após arrancá-lo, espera nascer um novo bico, com o qual vai depois arrancar suas unhas. Quando as novas unhas começam a nascer, ela passa a arrancar as velhas penas. E só depois de cinco meses sai para o famoso vôo de renovação e para viver mais trinta anos. Em nossa vida, também necessitamos de processos de renovação que, de um modo geral, são dolorosos. Para se conseguiu alçar o vôo da vitória, devemos nos desprender de costumes, crenças, tradições, vícios que nos mantêm presos ao chão da ignorância. É, sim, um processo doloroso, porque demanda esforço e vontade. Também um processo de incubação. É preciso se sentir insatisfeito consigo mesmo e desejar crescer um pouco mais. Sentir-se incompleto com um livro só, com um pensamento apenas ou com uma visão somente. É necessário pensar além das idéias comuns e acreditar que se pode mudar, não importando se nos encontramos nos áureos dias da juventude, nos vibrantes dias da madureza ou na esteira da velhice. Sempre é tempo de atender aos apelos do progresso, aprender e melhorar-se. É necessário refletir, trabalhar, estar sempre pronto para aprender e reaprender, não se permitindo jamais o comodismo. *** Enquanto você dispõe do corpo físico e das horas terrenas, não se acomode. Não negligencie a si mesmo. Cultive a sua inteligência, jamais perdendo de vista a boa leitura. Não se sinta sábio porque sabe mais do que os que o rodeiam. Busque a sabedoria. Não se permita sentir bem, sem esforçar-se por se desenvolver nas áreas do bem e do serviço ao próximo. Não se permita dormir demais, enquanto é tempo de crescer, progredir e alcançar os astros brilhantes que nos extasiam nas noites claras.

segunda-feira, 27 de julho de 2009



Mensagem do dia 27/07/2009
Os pequenos da rua

Nesse pequeno que passa, roto e sujo, pela rua, caminha o futuro. É a criança filha de ninguém, o garoto sem nome além de menino de rua. Passa o dia entre as avenidas da cidade, as praças e por vezes nos amedronta, quando se aproxima. Ele não vai à escola e todas as horas observa que se esgotam os momentos da sua infância. Você atende os seus filhos, tendo para eles todos os cuidados. Esmera-se em lhes preparar um futuro, selecionando escola, currículo, professores, cursos. Acompanha, preocupado, os apontamentos dos mestres e insiste para que eles estudem, preparando-se profissionalmente para enfrentar o mercado de trabalho. Você auxilia os seus filhos na escolha da profissão, buscando orientá-los e esclarecê-los, dentro das tendências que apresentam. Você se mantém zeloso no que diz respeito à violência que seus filhos podem vir a sofrer, providenciando transporte seguro, acompanhantes, orientações. São seus filhos. Seus tesouros. Enquanto seus filhos crescem em intelecto e moralidade, aqueloutros, os meninos de rua prosseguem na aprendizagem das ruas, maltratados e carentes. À semelhança dos seus filhos, eles crescerão, compondo a sociedade do amanhã. A menos que pereçam antes, vítimas da fome, das doenças e do descaso. Cruzarão seus dias com o de seus rebentos e, por não terem recebido o verniz da educação, as lições da moral e o tesouro do ensino, poderão ser seus agressores, procurando tirar pela força o que acreditam ser seu por direito. Você se esmera na educação dos seus e acredita ser o suficiente para melhorar o panorama do mundo. No entanto, não basta. É imprescindível que nos preocupemos com esses outros meninos, rotos e mal cheirosos que enchem as ruas de tristeza. Com essas crianças que têm apagada, em pleno vigor, sua infância, abafada por trabalhos exaustivos, além de suas forças. Crianças com chupeta na boca utilizando martelos para quebrar pedras, acocorados por horas, em incômoda posição. Crianças que deveriam estar nos bancos da escola, nos parques de diversão e que se encontram obrigados a rudes tarefas, por horas sem fim que se somam e eternizam em dias. Poderiam ser os nossos filhos a lhes tomar o lugar, se a morte nos tivesse arrebatado a vida física e não houvesse quem os abrigasse. Filhos de Deus, aguardam de nós amparo e proteção. Poderão se tornar homens de bem, tanto quanto desejamos que os nossos filhos se tornem. Poderão ser homens e mulheres produtivos e dignos, ofertando à sociedade o que de melhor possuem, se receberem orientação. Por hora são simplesmente crianças. Amanhã, serão os homens bons ou maus, educados ou agressivos, destruidores ou mensageiros da paz, da harmonia, do bem. Você sabia? Que é dever de todos nós amparar o coração infantil, em todas as direções? E que orientar a infância, colaborando na recuperação de crianças desajustadas, é medida salutar para a edificação do futuro melhor? Sem boa semente, não há boa colheita. Enfim: educar os pequeninos é sublimar a humanidade.