sábado, 17 de maio de 2008

RETRATO SATÍRICO DAS VERGONHOSAS REALIDADES BRASILEIRAS!

O PEQUENO MANUAL DE COMO SE DAR BEM NO BRASIL.
1) Fabricar cachaça, cerveja ou outro estupefaciente. - Com um alqueire de cana já dá para viver da "marvada". Chegar a ser Schin é questão de tempo e colete blindado. Só não caia na tentação de consumir seu produto e entregue no boteco pela porta do fundo, à noite. E fuja (até quando puder) do fiscal.

2)Fazer "factoring", "leasing", "hedging", "loaning", ou seja, agiotagem, por meio da "financeira" da lojinha da sua tia, banco seu mesmo ou por simples conta própria nas esquinas. Lucríssimo garantido. Ganho (líquido e declarado) dos principais bancos brasileiros em 2003, ano I da era de Lula, o Justo: 14 bilhões! (15% do crescimento do PIB!...é a lucratividade máxima da maioria dos negócios oficialmente permitidos).

3) Produzir entretenimento do tipo alienado/ante, seja com um canal de TV, boate, discoteca, ou mesmo promoção de festas de formatura, casamento, funk ou forró. Jóqueis Clubes disfarçados de filantropia exigem algum capital e trabalho, mas ainda são fonte de lucro inesgotável. De preferência com alguns bingos, "beneficentes", no meio. Muito oportuno é ser diretor ou presidente de loteria oficial, estadual ou federal - você pode acertar o numero premiado várias vezes, é só atrasar a devolução dos bilhetes não vendidos. Atenção que existem inúmeros benefícios colaterais, alguns perigosos. Alternativas "menos" legais (jogo do bicho, por ex), tendem a não ser saudáveis, podendo provocar envenenamento fatal por chumbo. Mas você sempre pode ser dono de uma banca de revistas e trabalhar para eles, que são muito organizados, com motoboys e confiabilidade.

4) Fazer parte do Judiciário, incluído aí ser Tabelião ou Cartorário. Um negócio fabuloso, que nos casos de Tabelião&Cartorário tem o inconveniente de que você ter de nascer no meio (mas tudo se arranja, desde que você tope algumas bocas no sertão do Brasil Novo. Atenção ao Registro de Imóveis). Lembre-se que ser juiz é ter entranhado na própria pessoa o Poder do Estado. Ser Tabelião ou Cartorário também, desde que você seja amigo dos juizes certos. Outro setor semelhante e garantido é o da Fiscalização, em qualquer nível do executivo. O único senão, fácilmente superável, é que para ser fiscal é necessário conhecer um pouco mais as leis do que os juizes.

5)Ser despachante. Quanto mais alto o nível, melhor, pois o céu é o limite. Comece com licenciamento de veículos ou processos em outras repartições, torne-se vereador e vá em frente até chegar a deputado, secretário de ministério ou mesmo ministro. A burocracia é um filão riquíssimo, crescente e de grande futuro no Brasil.

6) Fundar um partido político. Isso é fácil, com algumas assinaturas você consegue. Depois é vender o horário "gratuito" a quem pagar mais. E agora o governo vai dar dinheiro para todos os políticos, "legalmente"! Já pensou? Não esqueça que se um candidato do seu partido chegar a um por cento nas pesquisas, isso vale milhões (ou uma CPI, se você não vender). Enfim , se conseguir ser tesoureiro de uma boa campanha nada estará entre você e o pleno sibaritismo, a não ser, talvez, algumas gramas de chumbo.

7)Começar um sindicato ou uma "confederação". Qualquer um/a. Também é muito fácil, só um registro e algumas gorjetas. Depois é só arrumar uma mala direta e mandar cobranças (máximo meio salário mínimo) para o país todo. Pelo sim, pelo não, mais da metade dos incautos paga. Melhor que uma corrente financeira (ninguém mais cai nisso). Se o sindicato pegar, você está feito: contrate uns gorilas sarados e faça piquetes para chantagear empresas de onibus e fábricas: é grana da boa. E você pode chegar até a ser presidente da república, se cuidar do que está no item anterior.

8)Fundar uma Igreja. Precisa algum talento, mas é dinheiro na certa. invente algum nome impressionante. Em cinco anos você estará rico e poderá tentar outros negócios da lista. Não esqueça dos "bingos beneficentes".

9) Extorsão trabalhista. Infalível, seja você advogado ou "trabalhador". É um campo riquíssimo e já dispõe de mais de 1300 casas de atendimento e prestação desse tolerante serviço no país, que atende 2 milhões de usuários por ano (dá uma reclamação trabalhista a cada dois segundos). Mais 250 casas estão sendo providenciadas, e parece que funcionarão no sistema de franquia - grande negócio.

10) Conseguir um diploma qualquer, inscrever-se em autarquias e órgãos do governo e faturar produzindo laudos de especialista: atestados médicos, perícias (trabalhistas, ambientais, contábeis), exames laboratoriais, doutos pareceres, estudos prévios específicos e/ou genéricos. Benefícios colaterais certíssimos.

11) Começar um jornalzinho no interior. Para dar certo, lembre-se que a maior parte da renda não vem nem dos assinantes nem dos anunciantes, mas dos membros da sociedade local que você chantagear com pedidos de "doação benemérita". Escreva pessoalmente a coluna social (ponha uma laranjinha elegante), é a chave de tudo. Não mexa com o Judiciário e não se preocupe com as matérias "sérias e abrangentes", ninguém lê mesmo; mais importante é um horóscopo bem feitinho. De resto, você consegue quase tudo de graça, e o que cobrarem, não pague.

12) Apropriar-se do trabalho artístico e/ou intelectual de outros. Empresariar é uma alternativa legal (o autor, o pai/mãe da criança, pega 1 ou 2 por cento e só. Acredite se quiser). Mas o importante é que o registro de obras e patentes no Brasil é incerto e inseguro e existem potentes máquinas de reprodução em massa livremente à venda (algumas copiadoras tem mais capacidade de serviço que uma editora e as máquinas de copiar CDs e cassetes são tão eficientes quanto uma gravadora). Teoricamente não é legal, mas sabendo colocar na banquinha apropriada, a transferência de risco é completa.

13)Comprar uma cadeira de deputado ou senador em algum novo estado nanico, tipo Amapá, Rondônia ou quejando. Mais barato que em outras unidades da federação. Infelizmente esse negócio está ficando um pouco cheio de concorrência e pode ser pouco saudável.

14) Uma ótima opção, um pouco mais trabalhosa que a anterior, pois exigirá somar e coordenar quase todos os itens desta lista: ser governo. Mas você ficará, para começar, com 38,5% de todo o esforço e trabalho de milhões de aflitos pais de família (algo em torno de 460 bilhões de reais), e poderá usar esse dinheiro como aprouver, gastando-o em suntuosidade, luxo e mordomia, preferencialmente só com os amigos. Um Airbus novinho para você e eles é uma boa demonstração de amizade. Contrate uma boa agencia de publicidade.


(Autor desconhecido )