sexta-feira, 14 de março de 2008

Mensagem do dia 17/03/2008

Abra seu Coração

A sala estava repleta de convidados, todos curiosos para ver a obra de arte, ainda oculta sob o pano branco. Falava-se que o quadro era lindo. As autoridades do local estavam presentes, entre fotógrafos, jornalistas e outros convidados, porque o pintor era, de fato, muito famoso. Na hora marcada, o pano que cobria a pintura foi retirado e houve caloroso aplauso. O quadro era realmente impressionante. Tratava-se de uma figura exuberante de Jesus, batendo suavemente na porta de uma casa. O Cristo parecia vivo. Com o ouvido junto à porta, Ele desejava ouvir se lá dentro alguém respondia. Houve discursos e elogios. Todos admiravam aquela obra de arte perfeita. Contudo, um observador curioso achou uma falha grave no quadro: a porta não tinha fechadura. Dirigiu-se ao artista e lhe falou com interesse: a porta que o senhor pintou não tem fechadura. Como é que O Visitante poderá abrí-la? É assim mesmo, respondeu o pintor calmamente. A porta representa o coração humano, que só abre pelo lado de dentro. Muitas vezes, mal interpretado, outras tantas, desprezado, grandemente ignorado pelos homens, o Cristo vem tentando entrar em nossa casa íntima há mais de dois milênios. Conhecedor do caminho que conduz à felicidade suprema, Jesus continua sendo a visita que permanece do lado de fora dos corações, na tentativa de ouvir se lá dentro alguém responde ao seu chamado. Todavia, muitos o chamamos de Mestre, mas não permitimos que Ele nos ensine as verdades da vida. Grande quantidade de cristãos, falam que Ele é o médico das almas, mas não seguem as prescrições dEle. Tantos dizem que Ele é o irmão maior, mas não permitem que coloque a mão nos seus ombros e os conduza por caminhos de luz... Talvez seja por esse motivo que a humanidade se debate em busca de caminhos que conduzem a lugar nenhum. Enquanto o Cristo espera que abramos a porta do nosso coração, nós saímos pelas janelas da ilusão e desperdiçamos as melhores oportunidades de receber esse Visitante ilustre, que possui a chave que abre as portas da felicidade que tanto desejamos. E se você não sabe como fazer para abrir a porta do seu coração, comece por fazer pequenos exercícios físicos, estendendo os braços na direção daqueles que necessitam da sua ajuda. Depois, faça uma pequena limpeza em sua casa íntima, jogando fora os detritos da mágoa, da incompreensão, do orgulho, do ódio... Em seguida, busque conhecer a proposta de renovação moral do Homem de Nazaré. Assim, quando você menos espera, Ele já estará dentro do seu coração como convidado de honra, para guiar seus passos na direção da luz, da felicidade sem mescla que você tanto deseja.


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O olhar de Jesus dulcificava as multidões. Seus ouvidos atentos descobriam o pranto oculto e identificavam a aflição onde se encontrasse. Sua boca, plena de misericórdia, somente consolou, cantando a eterna sinfonia da Boa Nova em apelo insuperável junto aos ouvidos dos tempos, convocando o homem de todas as épocas, à conquista da felicidade.


Mensagem do dia 14/03/2008

O Tempo

Um autor desconhecido escreveu certa vez que a alegria, a tristeza, a vaidade, a sabedoria, o amor e outros sentimentos habitavam uma pequena ilha. Certo dia foram avisados que essa ilha seria inundada. Preocupado, o amor cuidou para que todos os outros se salvassem, falando: Fujam todos, a ilha vai ser inundada. Todos se apressaram a pegar seu barquinho para se abrigar em um morro bem alto, no continente. Só o amor não teve pressa. Quando percebeu que ia se afogar, correu a pedir ajuda. Para a riqueza apavorada, ele pediu: - Riqueza, leve-me com você. Ao que ela respondeu: não posso, meu barco está cheio de ouro e prata e não tem lugar para você. Passou então a vaidade e ele disse: - Dona vaidade, leve-me com você... - Sinto muito, mas você vai sujar meu barco. Em seguida veio a tristeza e o amor suplicou: - Senhora tristeza, posso ir com você? Amor, estou tão triste que prefiro ir sozinha. Passou a alegria, mas se encontrava tão alegre que nem ouviu o amor chamar por ela. Então passou um barquinho, onde remava um senhor idoso, e ele disse: - Sobe, amor, que eu te levo. O amor ficou tão feliz que até se esqueceu de perguntar o nome do velhinho. Chegando ao morro alto, onde já estavam os outros sentimentos, ele perguntou à sabedoria: - Dona sabedoria, quem era o senhor que me amparou? Ela respondeu: o tempo. - O tempo? Mas porque ele me trouxe aqui? - Porque só o tempo é capaz de ajudar e entender um grande amor. Dentre todos os dons que a divindade concede ao homem, o tempo tem lugar especial. É ele que acalma as paixões indevidas, ensinando que tudo tem sua hora e local certos. É ele que cicatriza as feridas das profundas dores, colocando o algodão anestesiante nas chagas abertas. É o tempo que nos permite amadurecer, através do exercício sadio da reflexão, adquirindo ponderação e bom senso. É o tempo que desenha marcas nas faces, espalha neve nos cabelos, leciona calma e paciência quando o passo já se faz mais lento. É o tempo que confirma as grandes verdades e destrói as falsidades, os valores ilusórios. O tempo é, enfim, um grande mestre que ensina sem pressa, aguarda um tanto mais e espera que cada um a sua vez, se disponha a crescer, servir e ser feliz. E é o tempo, em verdade, que nos demonstra, no correr dos anos, que o verdadeiro amor supera a idade, a doença, a dificuldade, e permanece conosco para sempre. Pensamento: Neste mundo tudo tem a sua hora. Cada coisa tem o seu tempo. Há o tempo de nascer e o tempo de morrer. Tempo de plantar e de colher. Tempo de derrubar e de construir. Há o tempo de se tornar triste e de se alegrar. Tempo de chorar e de sorrir. Tempo de espalhar pedras e de juntá-las. Tempo de abraçar e de se afastar. Há tempo de calar e de falar. Há o tempo de guerra e o tempo de paz. Mas sempre é tempo de amar.